Citado pelo delegado da Polícia Federal Maurício Moscardi
Grillo, como um dos partidos que teria sido abastecido, ao lado do PP, de parte
da propina arrecadada pelo esquema de corrupção envolvendo fiscais, políticos,
lobistas, funcionários públicos e os maiores frigoríficos do País, o PMDB
informa que desconhece o teor da investigação e não autoriza ninguém a falar em
nome do partido.
Em coletiva ocorrida nesta manhã para detalhar a Operação
Carne Fraca, o delegado destacou: "Dentro da investigação ficava bem claro
que uma parte do dinheiro da propina era, sim, revertido para partido político.
E, ao longo das investigações, dois partidos ficavam claro: o PP e o
PMDB."
Uma das lideranças do PMDB, o atual ministro da Justiça,
Osmar Serraglio (PMDB-PR), foi citado pela Polícia Federal no âmbito dessa
operação. Isso porque ele foi pego em um grampo, conversando com um dos líderes
e alvo do esquema criminoso que deflagrou a Carne Fraca, o fiscal agropecuário
Daniel Gonçalves Filho. Na época, Serraglio era deputado federal. Apesar de ter
sido mencionado pela PF, o ministro não está no foco dessas investigações, em
razão de não ter se detectado nenhuma espécie de delito cometido por ele. Mas,
por precaução, o seu nome e de outros políticos foram encaminhados ao
procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
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