O Ministro Dias Toffoli disse que o sistema político / eleitoral brasileiro está falido e, por isso, defende a adoção do modelo de lista fechada como um “teste provisório”, não definitivo.
Por que não definitivo?...
Ele acha que isso pode acabar
a compra de votos... Será?
Veja a matéria publicada hoje no Estadão:
Toffoli diz que sistema brasileiro está falido e defende
lista fechada como 'teste provisório'
BRASÍLIA– Ex-presidente do Tribunal Superior Eleitoral
(TSE), o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta
segunda-feira, 20, que o sistema brasileiro “está falido” e defendeu a adoção
do modelo de lista fechada como um “teste provisório”, não definitivo.
“Claramente esse (atual) sistema está falido. Ele leva à
possibilidade de compra de votos, ele leva a uma fragmentação política cada vez
maior no sentido de um maior número de partidos sendo criados, isso leva a um
governo de cooptação, e não de coalização. Então o que temos é realmente
repensar e mudar esse sistema o quanto antes”, disse o ministro a jornalistas,
depois de participar do Seminário Internacional sobre Sistemas Eleitorais, na
sede do TSE.
Na avaliação do ministro, cabe ao Congresso Nacional discutir
o melhor modelo a ser adotado no Brasil. Para Toffoli, o sistema de lista
fechada pode ser uma opção, mas não definitiva.
“Ela (a lista fechada) pode ser uma saída, um teste
provisório para ver como é que funciona. Não definitivo, mas num momento de
transição do atual sistema”, comentou Toffoli.
O ministro defendeu a adoção do modelo alemão, no qual se
adota um sistema misto, em que os eleitores votam no partido e nos candidatos
de cada distrito.
“Eu acho que o melhor sistema para se introduzir no
Brasil seria o alemão, mas esse depende de mudança constitucional. Você vota
metade do parlamento no partido, metade no distrito, então você aproxima as
pessoas”, disse Toffoli. (Rafael Moraes Moura)
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