BBC Brasil
Os Estados Unidos lançaram 59 mísseis sobre a Síria na
madrugada desta sexta-feira (horário sírio) em retaliação ao ataque químico,
atribuído ao governo sírio, que matou ao menos 80 pessoas, entre elas 27
crianças, na última terça-feira.
O bombardeio foi ordenado pelo presidente dos EUA, Donald
Trump, que até o ataque químico citava Bashar al-Assad como um aliado na guerra
contra o terror.
De acordo com o Exército sírio, seis pessoas morreram no
ataque.
Criança com respirador: Trump mencionou imagens de
crianças sofrendo ao falar de ataque à Síria.
Os 59 mísseis Tomahawk foram lançados a partir do Mar
Mediterrâneo contra a base militar de onde teria partido o ataque químico, em
Shayrat, na província de Homs. De acordo com o Pentágono, a Rússia, aliada do
regime de Bashar al-Assad, teria sido avisada do ataque.
"Não há dúvida que a Síria usou armas químicas
proibidas", disse Trump, na Flórida, onde se reuniu na quinta-feira com o
presidente chinês, Xi Jinping.
Mísseis Tomahawk teriam como alvo base militar em al Ash
Sha'irat, na província de Homs
"É vital para os interesses de segurança nacional
dos Estados Unidos prevenir e dissuadir a propagação e o uso de armas
químicas", completou.
O governo sírio nega ter usado armas químicas no
conflito. A Rússia, por sua vez, diz que um ataque aéreo atingiu um depósito no
qual rebeldes armazenavam tais substâncias. O ataque que matou 80 pessoas na
terça-feira foi em Khan Sheikhoun, na província de Idlib.
Mísseis foram lançados do Mediterrâneo: De acordo com Rex
Tillerson, secretário de Estado dos EUA, o ataque foi 'proporcional'
Reação russa
A Rússia condenou o ataque norte-americano, classificando
o bombardeio com uma "agressão contra uma nação soberana".
Dmitry Peskov, porta-voz do governo russo, disse que o
presidente, Vladimir Putin, vê o ataque como "uma intenção de distrair o
mundo pelas mortes de civis provocadas pela intervenção militar no
Iraque".
A Rússia já havia advertido os Estados Unidos, após uma
reunião do Conselho de Segurança da ONU, que o país poderia ter
"consequências negativas" se lançasse uma ação militar contra a
Síria.
Trump confirmou ordem de atacar Síria
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