Por Reuters
A próxima temporada de furacões do Oceano Atlântico pode
incluir ao menos três tempestades severas, mas provavelmente terá menos
tormentas em geral, previu o instituto meteorológico privado
"AccuWeather" nesta quarta-feira (6).
Os meteorologistas do "AccuWeather" estão
atribuindo ao El Niño, um fenômeno climático do Oceano Pacífico, a criação de
condições que vão resultar em um número de furacões menor do que o habitual no
Atlântico.
O El Niño, caracterizado por temperaturas mais quentes
que o normal no Pacífico, pode provocar um ano chuvoso no Estado
norte-americano da Califórnia, mas causar secas em outras áreas.
Mas os ventos fortes do oeste, gerados pelo El Niño em
áreas tropicais do Atlântico, podem retardar a formação de furacões, informou a
"AccuWeather" no relatório divulgado nesta quarta.
A temporada furacões, que começa em 1º de junho e vai até
30 de novembro, provavelmente vai produzir cerca de dez tempestades grandes o
bastante para serem batizadas pelos meteorologistas, disse o serviço, menos que
as 15 que ganharam nomes em sua passagem pelo Atlântico na última temporada,
ameaçando a Costa Leste dos EUA, regiões litorâneas e ilhas mais ao sul.
Das dez tempestades, cerca de metade podem virar furacões
– três delas grandes o suficiente para ser consideradas furacões de grande
porte, segundo o "AccuWeather".
Ao menos uma pode ser o que os meteorologistas chamam de
tempestade de alto impacto, semelhante ao Furacão Matthew do ano passado, que a
Agência Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA, na sigla em inglês)
disse ter sido diretamente responsável por 585 mortes.
A temporada de furacões de 2016 foi a mais mortífera em
mais de dez anos na bacia do Atlântico, acrescentou a "AccuWeather".
No ano passado os furacões foram diretamente responsáveis por um total de 687
mortes, informou a NOAA.
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