terça-feira, 30 de maio de 2017

OMS quer proibição do cigarro em espaços públicos e em locais de trabalho

Na véspera do Dia Mundial sem Tabaco, agência volta a pedir fim da publicidade desses produtos; bitucas de cigarro compõe até 40% do lixo coletado em áreas urbanas e costeiras; governos perdem US$ 1,4 trilhão ao ano.

Leda Letra, da ONU News em Nova Iorque.

Na véspera do Dia Mundial sem Tabaco, marcado todos os anos em 31 de maio, a Organização Mundial da Saúde está fazendo um novo apelo aos governos, para que implementem medidas mais fortes de controle.
A OMS quer o fim da publicidade de produtos de tabaco, aumento dos impostos sobre as vendas e proibição do fumo em locais de trabalho e em espaços públicos fechados.

Mortes e gastos

Os governos coletam por ano US$ 270 bilhões em impostos sobre os produtos de tabaco. Mas pelos cálculos da OMS, esse valor poderia ser 50% maior se cada maço de cigarro fosse US$ 0,80 mais caro.
Segundo a agência, o fumo mata mais de 7 milhões de pessoas por ano e gera aos governos perdas econômicas de mais de US$ 1,4 trilhões devido aos gastos no setor público de saúde e perdas na produtividade.
A OMS também avalia, pela primeira vez, os impactos ambientais: o tabaco contém mais de 7 mil substâncias químicas, incluindo cancerígenos e elementos tóxicos que poluem o meio ambiente.

Lixo

Cerca de 15 bilhões de cigarros são vendidos diariamente e até 10 bilhões de unidades são descartadas no ambiente. A agência afirma que as bitucas de cigarro representam de 30% a 40% de todos os itens coletados em limpezas urbanas e de áreas costeiras.
Entre os adultos fumantes, 860 milhões moram em países de rendas baixa ou média. Estudos mostram que entre os mais pobres, os gastos com cigarro chegam a representar 10% orçamento da família.
Nas plantações de tabaco, até 70% dos trabalhadores são mulheres, que ficam em contato muito próximo com químicos perigosos. A OMS alerta também para o fato de que o fumo contribui para 16% das mortes causadas por doenças crônicas.

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