Do Portal 247
O IDP (Instituto Brasiliense de Direito Público), que tem
como sócio o ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), recebeu
nos últimos dois anos R$ 2,1 milhões do grupo J&F, que controla a JBS, em
patrocínio de eventos; um dos congressos ocorreu em abril, em Portugal, pouco
mais de uma semana depois de sete executivos do frigorífico firmarem um acordo
de delação com o Ministério Público Federal; participaram daquele encontro
magistrados, ministros do governo de Michel Temer, além de advogados e
políticos; IDP diz que devolveu R$ 650 mil à empresa no dia 29 de maio, após a
revelação do acordo de delação; família de Gilmar vende gado no Mato Grosso
para a JBS
247 - O grupo J&F, que controla a JBS, gastou nos
últimos dois anos R$ 2,1 milhões em patrocínio de eventos do IDP (Instituto
Brasiliense de Direito Público), que tem como sócio o ministro Gilmar Mendes,
do STF (Supremo Tribunal Federal).
As informações são de reportagem de Letícia Casado e Camila Mattoso na Folha de S.Paulo.
O instituto disse que devolveu R$ 650 mil deste total no
dia 29 de maio, após a revelação do acordo de delação premiada de executivos da
empresa.
O IDP diz que, em razão de uma cláusula contratual
relacionada à conduta ética e moral por parte do patrocinador, rescindiu um
contrato assinado em 11 de junho de 2015 com o grupo.
De acordo com o IDP e a JBS, um dos congressos incluídos
nos patrocínios ocorreu em abril, em Portugal, pouco mais de uma semana depois
de sete executivos do frigorífico firmarem um acordo de delação com o
Ministério Público Federal. Participaram daquele encontro magistrados,
ministros do governo de Michel Temer, além de advogados e políticos.
Em maio, Gilmar defendeu que a homologação da delação
fosse discutida pelo plenário. O acordo tem sido alvo de críticas por supostas
fragilidades em relação a penas dos envolvidos.
No dia 27 de maio, reportagem da Folha informou que a
família de Gilmar vende gado no Mato Grosso para o frigorífico –segundo ele, as
negociações são encabeçadas pelo irmão. O ministro diz que não havia motivo
para se declarar impedido de participar de votações sobre assuntos envolvendo a
empresa.
Por meio da assessoria, Gilmar disse que "não é, nem
nunca foi, administrador do IDP. Sendo assim, não há como se manifestar sobre
questões relativas à administração do instituto". E citou as regras
previstas na legislação sobre possível impedimento dele em julgamentos.
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