O Espírito Joanna de Ângelis, através da mediunidade de Divaldo Pereira Franco, tem escrito livros ricos de ensinamentos, verdadeiros tratados de saúde mental, com uma terapia baseada no Evangelho de Jesus e na Codificação Kardequiana. Vale a pena lembrar que são de sua autoria as mensagens contidas em "O Evangelho Segundo o Espiritismo", Capítulo IX, item 7: "A Paciência.", Havre-1862; e Capítulo XVIII, itens 13 a 15: "Dar-se-á àquele que tem.", Bordeaux-1862, ambas recebidas de "Um Espírito Amigo".
Joanna de Ângelis, em uma de suas encarnações, foi Joana
de Cuza, uma das piedosas mulheres do Evangelho. Era esposa de Cuza, procurador
de Herodes, o Tetrarca - governador de uma tetrarquia, ou seja, uma das partes
de um estado ou província dividida em quatro governos. Joana foi curada por
Jesus (Lucas VIII, 2 e 3), com Maria Madalena, Suzana e muitas outras mulheres,
às quais lhes prestava assistência com os seus bens. Em Lucas 24:10, é
mencionada entre as mulheres que, na manhã de Páscoa, tendo ido ao sepulcro de
Jesus, o encontraram vazio.
Em Roma, no dia de 27 de agosto do ano 68, foi
sacrificada numa fogueira no Coliseu, por não renunciar à fé em Jesus.
Desencarnou perdoando seus carrascos.
Em outra de suas encarnações, dessa vez bem menos
distante de nossos dias, nasceu no México, em San Miguel Neplanta, no ano de
1651. Foi Juana de Asbajey Ramirez de Santillana, filha de D. Manuel Asbaje,
espanhol, e de Isabel Ramirez de Santillana, indígena.
Foi uma criança precoce. Começou a fazer versos aos cinco
anos. Aos doze, aprendeu latim em vinte aulas; e português, aprendeu sozinha.
Falava a língua indígena "nauatle", dos "nauas", geralmente
chamados de astecas. Na Corte, o vice-rei de Espanha, o Marquês de Mancera,
querendo fazer brilhar ainda mais sua Corte, tal como na tradição européia,
convidou a menina - prodígio de treze anos - para dama de companhia de sua
mulher.
Encantou a todos com sua beleza, inteligência e
graciosidades. Seus poemas de amor são até hoje citados, e suas peças,
representadas em programas de rádio e televisão.
Mas sua sede de saber era maior que a ilusão de
prosseguir brilhando na Corte. Aos dezesseis anos, ingressou para o Convento
das Carmelitas Descalças e depois foi para a Ordem de São Gerônimo da
Conceição, tomando o nome de Soror Juana Inês de la Cruz, ficando conhecida,
pelos seus hábitos de estudo, como "Monja da Biblioteca".
Em 1690, dizia da necessidade do conhecimento geral para
melhor entendimento e serviço a Deus, defendendo o direito da mulher de se
dedicar às atividades intelectuais. Esse ponto de vista, consubstanciado em um
documento, é considerado a "carta magna" da liberdade intelectual da
mulher americana.
Mulher de letras e ciências foi a porta-voz das
escravizadas do seu tempo. É citada num artigo da revista "Seleções do
Reader's Digest", edição de julho de 1972: "Soror Juana Inês de la
Cruz: A Primeira Feminista do Novo Mundo."
Dizia que é pela compreensão que o homem é superior aos
animais.
Trabalhando na cozinha do Convento, descobre muitos
segredos naturais e, curiosamente, conclui que, se Aristóteles tivesse
cozinhado, muito mais teria escrito.
Como se vê, trata-se de um vulto muito importante para o
México e para a Humanidade. Tanto assim, que a cédula de mil pesos tem a sua
efígie.
Em 1695, houve uma epidemia de peste na região. Juana,
socorrendo os doentes, desencarna em decorrência da mesma peste aos 44 anos.
Na Bahia, foi Soror Joana Angélica, religiosa da Ordem
das Reformadas de Nossa Senhora da Conceição e Heroína da Independência do
Brasil. Joana Angélica nasceu em Salvador-BA, em 11 de dezembro de 1761.
Entrou para o noviciado no Convento de Nossa Senhora da
Lapa em 1782, pronunciando os votos um ano depois.
Entre 1798 e 1801, exerceu diversos cargos burocráticos
na comunidade, assumindo as funções de vigária. Conduzida ao posto de
conselheira em 1809, retornou ao vicariato em 1811. Eleita abadessa em 1814,
esteve à frente do Convento até 1817, sendo reeleita três anos depois.
Como registro histórico de conhecimento geral, sabe-se
que, em 07 de setembro de 1822, no Ipiranga-SP, D. Pedro I proclamou a
Independência do Brasil, separando-o de Portugal. Porém, na Bahia, as tropas
portuguesas comandadas pelo Brigadeiro Inácio Luis Madeira de Malo (1775-1833),
resistiram tenazmente às forças aliadas a D. Pedro I. Somente em 02 de julho de
1823 Madeira de Malo abandonou a Bahia, embarcando para Portugal com suas
tropa.
As tropas brasileiras eram comandadas pelo militar
francês Pierre Labatut (1768-1849) e pelo tenente Luís Alves de Lima e Silva,
futuro Duque de Caxias. Vale lembrar que Maria Quitéria de Jesus Medeiros, a
primeira mulher-soldado, sagra-se heroína, sendo condecorada por D. Pedro I.
Durante as lutas pela Independência, os soldados
portugueses invadiram o Convento de Nossa Senhora da Lapa em 19 de fevereiro de
1823. Soror Joana Angélica sai à porta do Convento, intimando-os, com a cruz
alçada, a não profanarem o abrigo de suas protegidas. Resistiu valentemente,
sendo atacada a golpes de baioneta.
Com o seu martírio, deu tempo às internas de escaparem,
refugiando-se no Convento da Soledade. Soror Joana Angélica recebeu socorros,
porém vivendo por poucas horas e desencarnando no dia seguinte.
Tombando numa luta pelos ideais de liberdade, Soror Joana
Angélica tornou-se Mártir da Independência do Brasil.
Como Joanna de Ângelis, prossegue no mundo espiritual
como verdadeira Amiga e Benfeitora - como um Espírito Amigo -, salientando
sempre as mensagens do Evangelho Segundo o Espiritismo e orientando as
criaturas através dos séculos, em diversas existências, para Jesus e para o
Bem.
(Fonte – Nosso Lar.net)
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