Monica Grayley, da ONU News em Nova Iorque.
Uma iniciativa para reduzir o número de transmissão
vertical, aquela que ocorre de mães para bebês, foi lançada pela Organização
Pan-Americana da Saúde, Opas.
Segundo a agência da ONU, todos os anos, 2,1 mil crianças
nascem ou contraem o HIV de suas mães na América Latina e no Caribe. Já o
número de bebês infectados com sífilis é 10 vezes maior. O Marco para
Eliminação da Transmissão Materno-Infantil, Emti-Plus, pretende combater o
problema.
Feto
Crianças que nascem com o Mal de Chagas representam 9 mil
notificações por ano. Já os bebês que vêm ao mundo com hepatite B somam 6 mil
casos.
Se não forem diagnosticadas e tratadas a tempo, essas
doenças podem causar abortos indesejados, morte do feto e más formações
congênitas e neurológicas. Além disso, a criança pode ter cirrose, câncer no
fígado e em alguns casos até levar à morte.
Para acabar com a transmissão de mãe para filho nessas
quatro doenças até 2020, a Opas pretende executar um plano com estratégias
dirigidas a mulheres antes e depois da gravidez assim como a recém-nascidos.
Desde 2010, os países da América Latina e do Caribe atuam
para reduzir a transmissão vertical alcançando uma taxa de 55% das novas
infecções em bebês. Em apenas cinco anos, foram evitadas novas contaminações
com HIV em quase 28 mil crianças.
O diretor do Departamento de Doenças Transmissíveis e
Análise de Saúde da Opas, Marcos Espinal, afirmou que a meta é fazer com que a
próxima geração se livre do vírus da Aids e sífilis mas também do Mal de Chagas
e da hepatite B.
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