Dia das Mães
Jersan Araújo
Hoje, segundo domingo de maio comemora-se o Dia das Mães.
Uma data especial que nos remete a vários tipos de sentimentos: saudade para os
filhos órfãos, revolta para as mães que perderam filhos para a violência, para
a fome ou falta de assistência médica na rede pública de saúde; para a bala
perdida ou outros motivos de cunho social. Revolta para os filhos que perderam
as mães pelos mesmos motivos. É de comemoração e alegria para quem não sofre
angustia, pelo contrário, têm uma vida normal e de sucesso, para aquelas que se
sentem privilegiadas, em paz, neste mundo contraditório e discriminatório.
A todas elas nos sentimos com o dever de homenageá-las, com
respeito e admiração. Há mães sofrendo, reféns da violência que às vezes começa
dentro da própria casa. Há mães realizadas, de bem com a vida por ter família
equilibrada, que faz do presente, através da educação um caminho seguro para o
futuro. Outros filhos, infelizmente optam pelo caminho do uso e do tráfego de
drogas, buscando, assim, a cadeia ou a morte, aguçando o sofrimento de suas
genitoras. Mães sofrem!
Mas, hoje é Dia das Mães, dessas heroínas que fazem do lar
o refúgio para viver sofrendo ou comemorando a Vida. É um dia especial,
comemorativo, apesar da angústia que teima em permanecer no coração de muitas
delas, marcadas pelo destino para não serem felizes, a maioria, considerando os
filhos que têm e a vida que vive mil razões para comemorar e ser feliz. O mundo
é feito de contradições. A humanidade brinda os privilegiados e massacra os
sacrificados, instituindo as diferenças e marcando os preconceitos. Isso é
lamentável!
Valorizei e amei a minha mãe. Fui educado e paciente. Ela
morreu aos 82 anos de idade, feliz porque como ela dizia “graças a Deus meus
filhos são ricos de honestidade e de caráter. Nenhum deles (14) enveredou pelo
caminho do crime. Que alegria, que felicidade saber que a minha mãe foi digna,
humilde, solidária, amada e muito feliz. Está com Deus...
Neste dia especial a coluna deseja a todas as Mães do mundo
a resignação e o enfrentamento à vida que levam e que não desistam da companhia
de Deus.
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