Por Hélcio Silva
Moro numa ilha. Uma Ilha bem longe, banhada pelo Mar Atlântico.
Quase ninguém me olha com antes; porém, os meus olhos estão abertos para tudo
que se passa nesse mundão do planeta Terra. Um mundo de crises, de conflitos,
de guerras, de injustiças sociais, de matanças...
Diariamente leio.
A leitura tem sido a minha mais importante atividade; mas
também ouço!... Fico informado de parte da verdade.
Pelo milagre da internet, fui a uma agência francesa de
notícias, neste domingo, dia 12. Eu sempre viajo pelo mundo, navegando em mares da
internet.
Antes de tratar do que encontrei, informo que o Iêmen é um país
árabe que ocupa a extremidade sudoeste da Península da Arábia, um país em
sofrimento.
Vejo a manchete do fato: “Dezenas de crianças são mortas em
ataque a ônibus no Iêmen”... E o texto que leio, da RFI, afirma:
“Dezenas de crianças morreram, e várias ficaram feridas,
nesta quinta-feira (9), em um ataque contra um ônibus que transportava menores
no norte do Iêmen, segundo informações do Comitê Internacional da Cruz Vermelha
(CICR).”
E a notícia continua:
“Um hospital que conta com o apoio do CICR – Comitê
Internacional da Cruz Vermelha - recebeu os corpos de 29 menores com menos de
15 anos e 48 feridos, entre eles 30 crianças", informou a organização no
Twitter.
Diz ainda um outro texto da notícia: “Depois de um ataque
esta manhã contra um ônibus que transportava crianças em um mercado de Dahyan
no norte de Saada, um hospital apoiado pelo CICR recebeu dezenas de mortos e de
feridos", tuitou a organização mais cedo nesta quinta-feira (9).
"Segundo o Direito humanitário internacional, civis
devem ficar protegidos durante os conflitos", acrescentou. A representante
do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) no Iêmen, Meritxell Relano,
disse estar "preocupada com as primeiras informações sobre crianças mortas
em Saada".
"Nossas equipes estão verificando o número de pessoas
mortas e de feridos. Crianças não devem ser tomadas como alvo", frisou
Meritxell, em publicação no Twitter. "Será que o mundo tem realmente
necessidade de ver mais crianças inocentes mortas para parar a guerra cruel no
país?", reagiu, por sua vez, o diretor do Unicef para o Oriente Médio,
Geert Cappelaere.
O canal Al-Masirah, dos rebeldes huthis, que controlam a
zona onde se deu o ataque, afirmou que 39 pessoas morreram, e 51 ficaram
feridas - "em sua maioria crianças". Segundo a emissora de televisão,
foi um ataque aéreo da coalizão sob o comando da Arábia Saudita, que intervém
no Iêmen em apoio às forças do governo local, reconhecido internacionalmente.”
O texto continua na leitura triste dos meus olhos:
“Nesta quinta, a coalizão mencionou uma "operação
militar legítima", em referência ao ataque no norte do país. "O
ataque que se registrou hoje na província de Saada é uma operação militar
legítima contra elementos que dispararam um míssil na direção da cidade
(saudita) de Jizan, deixando um morto e feridos entre os civis" na
quarta-feira, justificou a coalizão, que considera que "esta operação foi
realizada respeitando o Direito humanitário internacional".
A frente liderada pelos sauditas alegou que a intenção é
"tomar todas as medidas para enfrentar os atos criminosos das milícias
terroristas dos huthis submetidos ao Irã" e acusou os rebeldes de alistar
menores. Pertencentes à minoria zaidi xiita, os rebeldes huthis contam com o
apoio do Irã, que nega, contudo, que forneça ajuda militar.
A guerra no Iêmen deixou mais de 10 mil mortos desde a
intervenção da coalizão saudita em março de 2015 e deflagrou a "pior crise
humanitária do mundo”, segundo a ONU.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Este blog só aceita comentários ou críticas que não ofendam a dignidade das pessoas.