domingo, 12 de agosto de 2018

Dezenas de crianças são mortas em ataque a ônibus no Iêmen



Por Hélcio Silva

Moro numa ilha. Uma Ilha bem longe, banhada pelo Mar Atlântico. Quase ninguém me olha com antes; porém, os meus olhos estão abertos para tudo que se passa nesse mundão do planeta Terra. Um mundo de crises, de conflitos, de guerras, de injustiças sociais, de matanças... 

Diariamente leio.

A leitura tem sido a minha mais importante atividade; mas também ouço!... Fico informado de parte da verdade.

Pelo milagre da internet, fui a uma agência francesa de notícias, neste domingo, dia 12. Eu sempre viajo pelo mundo, navegando em mares da internet.

Antes de tratar do que encontrei, informo que o Iêmen é um país árabe que ocupa a extremidade sudoeste da Península da Arábia, um país em sofrimento.

Vejo a manchete do fato: “Dezenas de crianças são mortas em ataque a ônibus no Iêmen”... E o texto que leio, da RFI, afirma:

“Dezenas de crianças morreram, e várias ficaram feridas, nesta quinta-feira (9), em um ataque contra um ônibus que transportava menores no norte do Iêmen, segundo informações do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICR).”

E a notícia continua:

“Um hospital que conta com o apoio do CICR – Comitê Internacional da Cruz Vermelha - recebeu os corpos de 29 menores com menos de 15 anos e 48 feridos, entre eles 30 crianças", informou a organização no Twitter.
Diz ainda um outro texto da notícia: “Depois de um ataque esta manhã contra um ônibus que transportava crianças em um mercado de Dahyan no norte de Saada, um hospital apoiado pelo CICR recebeu dezenas de mortos e de feridos", tuitou a organização mais cedo nesta quinta-feira (9).

Diz mais o texto:

"Segundo o Direito humanitário internacional, civis devem ficar protegidos durante os conflitos", acrescentou. A representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) no Iêmen, Meritxell Relano, disse estar "preocupada com as primeiras informações sobre crianças mortas em Saada".
"Nossas equipes estão verificando o número de pessoas mortas e de feridos. Crianças não devem ser tomadas como alvo", frisou Meritxell, em publicação no Twitter. "Será que o mundo tem realmente necessidade de ver mais crianças inocentes mortas para parar a guerra cruel no país?", reagiu, por sua vez, o diretor do Unicef para o Oriente Médio, Geert Cappelaere.
O canal Al-Masirah, dos rebeldes huthis, que controlam a zona onde se deu o ataque, afirmou que 39 pessoas morreram, e 51 ficaram feridas - "em sua maioria crianças". Segundo a emissora de televisão, foi um ataque aéreo da coalizão sob o comando da Arábia Saudita, que intervém no Iêmen em apoio às forças do governo local, reconhecido internacionalmente.”

O texto continua na leitura triste dos meus olhos:

“Nesta quinta, a coalizão mencionou uma "operação militar legítima", em referência ao ataque no norte do país. "O ataque que se registrou hoje na província de Saada é uma operação militar legítima contra elementos que dispararam um míssil na direção da cidade (saudita) de Jizan, deixando um morto e feridos entre os civis" na quarta-feira, justificou a coalizão, que considera que "esta operação foi realizada respeitando o Direito humanitário internacional".
A frente liderada pelos sauditas alegou que a intenção é "tomar todas as medidas para enfrentar os atos criminosos das milícias terroristas dos huthis submetidos ao Irã" e acusou os rebeldes de alistar menores. Pertencentes à minoria zaidi xiita, os rebeldes huthis contam com o apoio do Irã, que nega, contudo, que forneça ajuda militar.

A guerra no Iêmen deixou mais de 10 mil mortos desde a intervenção da coalizão saudita em março de 2015 e deflagrou a "pior crise humanitária do mundo”, segundo a ONU.”

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