Minha crônica do amanhecer
Hélcio Silva
(20 / 08 / 2018)
Do meu nascimento até os dias de hoje, o poder da política no Maranhão sempre foi dos poderosos coronéis pisando o povo, esmagando-o.
Essa é a razão do nosso povo ser muito pobre.
Não interessa aos coronéis uma política com projeto de
desenvolvimento para nosso Estado.
Se houvesse um período de desenvolvimento no Maranhão, em
todos os sentidos e dimensões, o povo seria livre, haveria crescimento
econômico; e os investimentos na educação, na infraestrutura, na segurança, na
geração de emprego e renda chegariam naturalmente. O Maranhão seria um estado
industrializado, com grande poder econômico.
Mas a luta política no Maranhão é só pelo poder...
Basta um olhar nos exemplos e nas práticas; e a verdade se
revelará.
Eu nasci no Estado Novo, na ditadura de Vargas!
Eu nasci quando Paulo Martins de Souza Ramos era
interventor no Maranhão, ditador, na figura de governador, colocado aqui pelas
mãos e desejos ditatoriais de Vargas!
Paulo Ramos foi um ditador de cara feia.
Paulo Ramos só deixou o governo do Maranhão em 1945,
precisamente no dia 25 de abril...
Na minha juventude, eu vi, eu senti, de perto, o
vitorinismo.
Vitorino representou o peso de um coronelismo que
assustava. Dominou o Maranhão por longo período..., com mão de ferro.
Em 1965, o jovem deputado José Sarney assume o governo do
Maranhão com um discurso moderno, prometendo acabar com a pobreza, desenvolver
o Maranhão...
Foi só discurso...
Em 2014, surge Flávio Dino!
Em janeiro de 2015, Flávio assume o governo do Maranhão e
faz um empolgante discurso de posse...
Parecia a cópia do discurso de Sarney de 1965...
Se um historiador isento de paixões analisar os dois
discursos – o de Sarney em 1965 e o de Flávio em 2014 – dirá que os dois são
iguais, mudaram-se apenas os papéis...
O que prometeram não cumpriram: promessas iguais, mentiras
iguais!
Sarney e Flávio são os atuais (e os mais poderosos) coronéis
do Maranhão, e lutam por um só objetivo: o poder.

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