EFE Genebra 9 out 2018
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (Acnudh) pediu nesta terça-feira ao governo da Venezuela que permita uma "investigação independente e transparente" sobre a morte do vereador opositor Fernando Albán.
Na última sessão do Conselho de Direitos Humanos, que terminou no final de setembro, foi adotada uma resolução que pede ao Acnudh a investigação dos eventuais abusos e violações das liberdades individuais cometidas na Venezuela e que a mesma seja apresentada ao público.
Ao ser perguntada sobre o alcance do mandato, a porta-voz respondeu que o Acnudh averiguará "todos os assuntos que estão relacionados com a situação de direitos humanos na Venezuela". "Não posso dizer, neste momento, se este caso fará parte de tal investigação ou não, mas vamos averiguar todos estes temas", afirmou Shamdasani.
A porta-voz explicou que foi pedido à Venezuela acesso ao país, sem que tenha sido dada uma resposta até o momento, "mas que as linhas de comunicação estão sempre abertas".
"O acesso ao país nos permitirá fazer uma investigação mais profunda e olhar para todos os lados", ressaltou a porta-voz.
O Ministério Público venezuelano informou que Albán, detido com a acusação de estar envolvido no atentado contra o presidente Nicolás Maduro, se suicidou na sede do Serviço de Inteligência (Sebin) e que abriu uma investigação sobre o ocorrido, mas seu partido, o Primero Justicia (PJ), denunciou o caso como assassinato.
"Há muita especulação sobre o que aconteceu, se ele se suicidou, se o jogaram, se foi maltratado, e é por isso que precisamos de uma investigação independente e transparente para esclarecer as circunstâncias da morte", afirmou Ravina.
A porta-voz ressaltou que "Albán estava sob custódia do Estado e, portanto, o Estado tinha a responsabilidade de zelar por sua segurança, integridade e dignidade".
Além disso, Ravina disse que o Acnudh está "preocupado não só por sua morte, mas com o fato de Albán não ter sido apresentado a um juiz nas primeiras 48 horas, como estabelece a lei venezuelana".
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