Ontem, li a carta de desistência do Fruet e, hoje, amanheci lendo o texto do Fábio...
Ontem, já pelas horas da noite, li a carta em que Gustavo Fruet anuncia a retirada de sua candidatura à prefeitura de Curitiba...
Hoje, pela manhãzinha, leio o início do texto do jornalista
Fábio Campana, em seu blog, sobre o assunto:
“O prefeito Rafael Greca de Macedo, depois das
desistências de Gustavo Fruet, Luciano Ducci, Luizão e Ney Leprevost, aguarda
as adesões do MDB de João Arruda e de outros nomes menos votados. Quem sobra
para enfrentá-lo? Ora, pois, por enquanto o delegado Francischini, do PSL; João
Guilherme, do Partido NOVO; Paulo Opuszka, do PT e, talvez, a candidata do
Progressistas, que pode lançar Cida Borghetti.
A verdade é que Rafael Greca conseguiu construir uma
frente amplíssima para apoiá-lo. Na bolsa de apostas do Centro Cívico, nove de
cada dez cravam em seu nome e com vitória no primeiro turno.
A única novidade é Goura, do PDT, que substitui o
fracativo Fruet e promete surpreender, embora tenha perdido tempo e espaço no
período de vacilações de Fruet, o que foi sem ter sido...”
Mas a carta de Gustavo Fruet, que ontem li, vou
transcrevê-la aqui no meu blog:
Carta de Gustavo Fruet... veja e leia...
Como dizia Churchill, "Uma mentira dá uma volta inteira ao mundo antes mesmo de a verdade ter oportunidade de se vestir".
A frase se encaixa bem na atual situação da cidade de
Curitiba. Realidade maquiada que o tempo desnudará.
Pensei muito antes de escrever esse texto. Essa decisão
de não disputar a Prefeitura não afeta apenas meu futuro, mas o de muitas
pessoas que se envolveram nesse projeto e, de certa forma, de toda cidade.
Antes de encaminhar para a conclusão, preciso destacar
alguns pontos:
1.Interesses contrariados - Fui o único administrador
fora do grupo que comanda a Prefeitura de Curitiba a se eleger prefeito nos últimos
30 anos.
Nosso padrão de gestão contrariou interesses ao priorizar
transparência para contratos, romper com a acomodação para incentivar a
inovação como na área de TI, transporte, urbanismo; apresentar um novo plano
diretor com visão de integracão e sustentabilidade; utilizar mecanismos dos
contratos para garantir eficiência e respeito como na questão do lixo,
transporte, iluminação; dar importância à assistência social, saúde e educação
públicas de qualidade.
Hoje, a capital do Paraná está de volta às mãos dos
"donos da cidade".
Empresários que têm relação direta com a Prefeitura, dela
se alimentam e contam com gestores quase como subordinados!
2.Missão e entusiasmo - Sempre encarei minha trajetória
política como uma missão. Aprendi com meu pai a levar dessa forma.
Como prefeito não foi diferente. Tínhamos entusiasmo,
ideias e planejamento para romper a acomodação que prende a cidade à “glórias”
do passado e construir a cidade do futuro que mudou de escala. Avançamos em
muitas áreas e entregamos o maior pacote de obras da história de Curitiba, em
especial com o PAC do governo federal. Muitas delas a população não associa à
nossa gestão. Resultado da opção que fizemos ao reduzir gastos com publicidade
e direcionar recursos para saúde e educação num momento de brutal crise. Sei
também quanto custa manter a liberdade de informação!
3.Relações não ortodoxas - Vencer e garantir apoios é
tentador! Não cruzar certas linhas e regras não escritas é obrigação!
Já vimos num passado recente no Paraná e estamos vendo no
Rio de Janeiro o resultado de gestões onde os acordos ocultos avançam sobre a
coisa pública. Parece que tem que acontecer o escândalo para gerar indignação.
Grande chance de se repetir em Curitiba num futuro
próximo.
4.Dever e princípios - "Cumpri contra o destino o
meu dever. Inutilmente? Não, porque o cumpri.”
Sempre procurei exercer uma função pública com
honestidade, responsabilidade fiscal, sem onerar os cidadãos com
aumentos abusivos e seguidos de tributos, com
profissionalismo, fiscalizando contratos, garantindo investimentos, ampliando
estrutura e eficácia nos serviços públicos. Continuarão sendo meus princípios
mesmo que não esteja em sintonia com valores de uma parcela da sociedade.
5.Financiamento de campanha - Oficialmente, existem hoje apenas
quatro formas de se financiar uma campanha eleitoral. Através do fundo
partidário e eleitoral, doações de pessoa física ou recurso próprio.
Com esse modelo de financiamento evita-se alguns vícios,
mas torna a participação mais excludente. Não me refiro à participação somente.
Refiro-me à participação competitiva!
Já fui candidato e sei que são necessários recursos para
estrutura mínima e profissional que exigem várias atividades prévias.
Não consegui viabilizar esses recursos com a devida
antecedência. Não se improvisa, na minha fase, uma eleição majoritária desse
porte.
6.Agradecimento - Agradeço pessoas maravilhosas,
dedicadas.
Um audacioso e estudado plano de governo foi construído!
Agradeço a direção partidária, que tem que ter enorme
engenharia para distribuir recursos entre potenciais candidatos em quase 1200
municípios brasileiros! Agradecimento especial ao Presidente Carlos Lupi e
Andre Menegoto do Paraná que recebe neste momento também, um fraterno abraço de
solidariedade pela perda de seu pai.
Participarei ativamente do processo eleitoral! Vamos em
frente!
Sempre na defesa de nossa Curitiba e nosso Paraná!
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