segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

VACINA - CORONAVÍRUS OMS

"Não podemos aceitar que pobres sejam pisoteados por ricos", diz chefe da OMS

EFE - Nações Unidas

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, advertiu nesta sexta-feira que não se pode aceitar que ricos e poderosos passem por cima de pobres e marginalizados para obter vacinas contra a Covid-19.

"A Covid-19 é uma crise global e as soluções devem ser compartilhadas equitativamente como bens públicos globais, e não como mercadorias privadas que aumentam as desigualdades", disse Adhanom em discurso em vídeo à Assembleia Geral da ONU.

O chefe da OMS insistiu que esta desigualdade deve ser combatida tanto entre países como dentro de cada Estado.

"Não podemos simplesmente aceitar um mundo em que os pobres e marginalizados são pisoteados pelos ricos e poderosos na correria pelas vacinas", comentou.

Adhanom pediu para que os países com mais recursos forneçam mais financiamento às iniciativas da OMS que buscam assegurar que vacinas e tratamentos sejam fornecidos a todos, insistindo que tal investimento também os beneficiará.

Além disso, afirmou que o rápido desenvolvimento de várias vacinas nos permite começar a ver uma luz ao fim do túnel, e disse que, embora o caminho à frente continue difícil, o fim da pandemia já pode ser visto.

Por outro lado, o diretor-geral da OMS criticou a forma como alguns governos lidaram com a doença, sem mencionar nenhum especificamente. O secretário-geral da ONU, António Guterres, fez o mesmo no dia anterior.

"Embora se trate de uma crise de saúde global, é importante lembrar que nem todos os países responderam igualmente e nem todos os países foram afetados igualmente", destacou, observando que "muitos países conseguiram evitar ou conter a transmissão generalizada da Covid-19 com instrumentos de saúde pública comprovados".

"Isto não é um acidente geográfico ou demográfico, estes países demonstraram que com ciência, solidariedade e sacrifício, este vírus pode ser controlado, este vírus pode ser detido. Mas onde a ciência é obscurecida por teorias da conspiração, onde a solidariedade é minada pela divisão e onde o sacrifício é substituído pelo interesse próprio, o vírus floresce", complementou. EFE.


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