segunda-feira, 26 de abril de 2021

Esse homem, poeta João Batista do Lago

Esse Homem

João Batista Gomes Do Lago

Não temo a sorte da destruição

Há nela por sorte toda evolução

Assim é preciso rasgar o véu da Maia

Romper o podre ventre da Sophia

O equilíbrio só irrompe da revolução

Que nasce da matéria e não da Filosofia

Que adultera o útero da mente da Razão

Prado real do nascente Anti-humano

Fulcro do concreto criador da negação

Operário que se constrói de Ciência

E que não perde da terra a consciência

Esse homem há que vingar por certo

De toda incerteza da não-matéria

Que vingará da ontogênese da miséria

(in EU, PESCADOR DE ILUSÕES

 João Batista do Lago


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