terça-feira, 11 de maio de 2021

Minha crônica da tarde

O Canto do Bem-te-vi

Hélcio Silva

(11 / 05 / 2021)

O canto era sempre o mesmo, não importa se de manhã, de tarde e, às vezes, na boca da noite, quando o sol ia deitar-se para dormir

Assim era o bem-te-vi no galho da goiabeira à frente da janela do fundo da nossa casa, que dava para o quintal – um belo quintal que sorria todas as manhãs esperando o nascer do sol.

O galo não cantava, sempre atento para ouvir o canto do bem-te-vi, só voltando a cantar quando o nosso cancioneiro bem-te-vi parava sua melodia.

Um belo dia, o bem-te-vi sumiu, desapareceu!

Pensei comigo: deve ter morrido.

Com a ausência do bem-te-vi, o galo parou de vez o seu canto, ficou triste, e as folhas da goiabeira começaram a cair.

Quando tudo parecia um velório, passados exatos dois meses, o bem-te-vi apareceu com seus cantos de encantos, no mesmo galho do pé da goiabeira...

O galo danou-se a cantar sem parar, como fazia antes para o ouvir o canto do bem-te-vi; desta vez misturando-se os dois sons dos cantos no terreiro da casa... e as galinhas cacarejando de alegria...

Virou festa na casa!

O sol foi recolher-se mais tarde para o seu leito de dormida, quase às 8 da noite, quebrando as normas da lei do Universo, que estabelece para o nosso Rei Luz deitar-se ao cair da tardinha no leito escondido do horizonte!

Boa tarde meus amigos e minhas amigas

Até mais ver!

Eu sou Hélcio

Apenas Hélcio

Nada mais do quem Hélcio...


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