segunda-feira, 3 de maio de 2021

Um documento histórico de São João Batista, por Luiz Figueiredo

EDIÇÃO ESPECIAL

DOCUMENTO HISTÓRICO

Preservação da nossa memória

SÃO JOÃO BATISTA E TODOS OS SEUS PREFEITOS, ELEITOS OU NÃO

Por Luiz Figueiredo

O Distrito de São João Batista, do município de São Vicente Ferrer, sempre demonstrou uma grande tendência ao desenvolvimento, principalmente pela sua localização geográfica, próximo ao mar e contando com a operação do Porto da RAPOSA, a partir da década de 40.

Com a eleição do Prefeito Francisco Ferreira Figueiredo, em 1950, São João Batista passou a trilhar os caminhos do desenvolvimento, já que o prefeito de São Vicente, tinha residência permanente e fixa em São João Batista.

Ele adquiriu em 1951 e 1952 um jeep, um trator e um caminhão.

Iniciou a grande frase de desbravamento abrindo estradas para interligar os municípios de São Vicente Ferrer a São Bento, indo até os limites com Pinheiro, no povoado Sororoca; depois foi a Cajapió e Viana.

As estradas abertas a enxadas, pás e picaretas, com muita participação da população.

Foi um feito extraordinário!!!

Os prefeitos joaninos:

Em 1953 o Governador do Estado, Eugênio Barros, cria e manda instalar o município, através de decreto, nomeou o Interventor José Ribamar Martins, comerciante e político com laços com o Cel. José Maria de Araújo.

A sua administração foi efêmera, pois o ato do governo seria anulado pelo Supremo, ao conceder mandado de segurança ao Prefeito de São Vicente Ferrer.

Nesse período foi marcada uma eleição para prefeito diante da imprevisibilidade do julgamento do Supremo.

O candidato José Porfírio Costa, do PSP, foi eleito, porém, jamais assumiu, já que com a decisão judicial, o mandato foi extinto ou inválido.

No dia 14 de junho de 1958, o governador do Estado, Matos Carvalho, sancionou a Lei da Assembleia Legislativa criando legalmente o município de São João Batista.

Marcadas as eleições para o dia 03 de outubro foi eleito o primeiro prefeito MERVAL MARQUES FIGUEIREDO.

Muito pouco pode realizar, a instalação do município foi um importante compromisso, não havia FPM, os recursos eram repassados duas vezes por ano, através das Quotas Federais.

Eletrificou a cidade, e o Porto da RAPOSA, adquiriu um caminhão, um trator, construiu barragens...

Construiu o grupo Escolar Clodomir Millet.

Não pode realizar mais.

ACHILES DOS SANTOS JACINTO, o SEGUNDO prefeito eleito.

Na mesma linha do primeiro prefeito, também pouco realizou por falta de verbas, mas construiu a Prefeitura, Posto de Saúde, Barragens de contenção urbana, barragem Bom Jesus, a sua marca.

LUIZ FIGUEIREDO, o TERCEIRO prefeito eleito nas eleições de 15 de novembro de 1968.

Foi um grande realizador, seus grandes desafios foram o Aterro da Raposa, a estrada de Santana, a construção do Hospital contra a vontade do governo e o início da urbanização da cidade: pavimentação das ruas, muros de arrimo e meio fios.

Barragem de concreto no Paulo Vl para contenção e segurança da via principal e da pista de pouso.

Abertura de várias ruas no Centro e no Paulo Vl, construção do mercado e do Matadouro, vários colégios com destaque para o Castelo Branco.

Doou um prédio público todo reformado para instalação da Comarca.

Abertura das principais estradas incluindo Ubá,  Manival, Olho D’água e Cafuzal.

A assistência médica e a educação foram prioridades, todos transportados de avião.

A implantação do sistema de abastecimento d'água, pago pela prefeitura em convênio com a CAEMA.

Barragem São Benedito, barragens nos campos todos os anos e o grande Açude Pau de Leite.

JORGE GONÇALVES FIGUEIREDO, O QUARTO, veio para suceder LUIZ FIGUEIREDO, ex vereador, habilidoso, amigo, foi, pela limitação dos recursos, também prejudicado com o seu plano de governo.

Era dedicado às estradas, a assistência médica e à educação.

Construiu escolas, mercado e melhorou a cidade no setor urbano.

ANDERSON FIGUEIREDO SOARES,   QUINTO prefeito, também sofreu com as limitações, mas já existia o FPM, o que foi fundamental para implantação de estradas, e especialmente o seu carro chefe que foram os postos de saúde.

O próximo eleito foi CHIQUITINHO que quase não fez campanha. O SEXTO. Com quase 70 anos e deitado na sua rede, angariava apoio, e os eleitores espontaneamente o apoiaram, a vitória chegou logo.

O seu carisma, seriedade, milhares de amigos foram importantes.

Falar das suas realizações é algo muito gratificante.

Se falarmos da educação já cobrirá praticamente tudo que qualquer um tenho realizado, mais de trinta escolas só nesse mandato e uma fábrica de móveis escolares acompanhando.

Nenhum prefeito da Baixada chegou perto!!

Austeridade e honestidade.

Adquiriu vários veículos para auxiliar nas execuções das obras e serviços, além de dois tratores.

A agência do Banco do Brasil, uma festa!!!

Um grande serviço principalmente para os beneficiários do INSS, doou seu patrimônio pessoal para a construção da agência e das residências dos funcionários.

O hospital funcionando na plenitude, não faltava nada, qualquer coisa o aviãozinho era acionado.

Não ficou devendo ninguém, as pessoas trabalhavam com gosto e dedicação.

Professores como Maria da Paz, Wilma, e outras muito dedicadas.

Pavimentação de ruas e a construção da praça da Saudade.

A indústria de tijolos a todo vapor.

Os poços e lavanderias, inclusive poços artesianos.

Ampliação do prédio da prefeitura e aquisição dos equipamentos.

Qualificação de funcionários e da rede de educação.

A barragem de ACHILES, e outras.

A manutenção e abertura de estradas era uma constante.

O povo alegre e feliz!!!

A Parada de 7 de setembro empolgava a todos, era grande a participação popular.

Era pra ter continuado, mas o candidato escolhido por Chiquitinho não ajudou, muito fraco !!!

ZEQUINHA, SÉTIMO mandato.

TONHO FIGUEIREDO, OITAVO PREFEITO veio a vencer a eleição com a união de LUIZ FIGUEIREDO.

Sua inabilidade e falta de experiência dificultaram o seu sucesso e pouco realizou.

O próximo prefeito, o NONO, foi ZEQUINHA SOARES, eleito por uma fragilidade política do Candidato de Chiquitinho, Tonho Figueiredo.

Firmou-se no cargo com muito apoio político e verbas.

Gastão Vieira, Enoc, Cid Carvalho e Roseana foram os principais apoiadores.

Quatro mandatos, muito dinheiro e várias realizações, a praça de Eventos foi a sua mais importante obra em substituição à praça da Saudade construída por Chiquitinho.

Perdemos uma praça pronta e bonita.

Não seria melhor ter construído em outro local e assim teríamos duas praças?

Outros projetos executados foram A Granja, a Casa do Mel, da Castanha, nada disso existe mais projetos que não tiveram sequência.

A Marinete para transportar os carentes para São Luís, o funcionamento e manutenção do hospital.

Uma grande obra do seu governo seria a barragem entre Beira da Baixa e Coroatá, construída com verba federal. Nada existe, quem executou, como foi empregado esse dinheiro? Só existem as provas de alguns sacos de areia no meio da imensidão dos campos.

Melhoramento e pavimentação de algumas ruas, a reforma do Castelo Branco, construído por Luiz Figueiredo e adaptado para o Centro de Convenções, e o conjunto de casas populares da Caixa Econômica, sem participação financeira do município.

Em quatro mandatos, avalia-se como muito pouco.

O fechamento do campo de pouso e a demolição da praça da Saudade foram suas piores decisões.

Muitas ambulâncias recebidas por doações de parlamentares e nada mais.

A seguir, O DÉCIMO, com o beneplácito do governador José Reynaldo, elege-se o seu afilhado e sobrinho para realizar a maior administração de todos os tempos, foi o maior fiasco.

A incompetência, a irresponsabilidade e a corrupção predominaram.

A maior decepção já vista na política local.

Se os recursos encaminhados pelo governo tivessem sido aplicados corretamente, São João Batista séria uma Nova São João Batista.

Com a cassação de Eduardo Dominici assumiu a vice Surama Soares, DÉCIMO PRIMEIRO, mulher inteligente, sabe fazer política, entrou para realizar, mas a pouca experiência e o emaranhado deixado pelo antecessor acabaram lhe trazendo grandes entraves.

Não realizou muito, embora fosse o seu desejo.

Aquele colégio construído no meio da rua sem sequer espaço para os alunos é uma demonstração de falta de visão, ou falhou a assessoria?

AMARILDO PINHEIRO, O DÉCIMO SEGUNDO PREFEITO, lutador com vontade de ganhar, parecia bem intencionado, mas perdeu o cavalo da história, agindo com muita irresponsabilidade e usufruindo as benesses do poder, sucumbiu pela incapacidade gerencial.

Não há muito o que citar, basta uma: aquela Academia em local inapropriado e projeto totalmente inadequado para os idosos de nossa cidade, eles merecem muito mais.

O resto só obras inacabadas e nada mais.

Por último JÚNIOR DE FABRÍCIO, vice de Amarildo foi o DÉCIMO TERCEIRO, assume com o afastamento do prefeito.

Poderia ter saído muito bem como um bom gestor, mas não teve essa capacidade.

Bastariam 1.300.000,00 para investir nas obras que agradariam a todos, saindo bem com possibilidade de retornar.

Não dominou o cavalo, e caiu sem chance...

O que aconteceu com o prefeito JÚNIOR DE FABRÍCIO?

Quem esteve por trás de tudo isso?

JOÃO CÂNDIDO DOMINICI foi de número 14, deveria ser o melhor de todos pela sua formação, sua inteligência, experiência em vários órgãos públicos, rico, membro de conceituada família, foi a grande decepção.

Nunca se viu tanta coisa errada em São João Batista, desmandos, irresponsabilidade, desleixo com o patrimônio Público.

Prefeitura sem funcionar pelo corte de energia, ausência do gestor, a administração nas mãos do filho ex-prefeito, tão desvairado ou mais.

Arrogância, autoritarismo, abuso, enfim não há nem o que elogiar.

Finalmente pra concluir o desastroso mandato destruiu a praça da Matriz, ficamos sem o nosso principal Cartão Postal.

O patrimônio Público não se destrói, PRESERVA-SE....

Mas será que vai ficar por isso mesmo?

Não merece mais comentários.

A Era Mecinho começou, teremos que aguardar pelo menos um ano para uma avaliação.

O NÚMERO 15

CONSIDERAÇÕES FINAIS

DOS TREZE PREFEITOS, QUE TIVEMOS, TEM BONS, MEDIANOS, REGULARES E PESSSIMOS GESTORES.

Entendam o porquê:

Os prefeitos CHIQUITINHO, LUIZ FIGUEIREDO, MERVAL, ACHILES, ANDERSON FIGUEIREDO administraram na verdade, dois municípios, OLINDA ainda era parte de São João Batista.

ZEQUINHA SOARES não poderá ser considerado um bom gestor e grande realizador, quatro mandatos e apenas metade do território, era pra ter realizado muito mais.

Muitos prefeitos não souberam sequer usar os equipamentos disponíveis para o município, sob forma de doação do governo federal.

O avião sempre foi um aliado dos Figueiredo, sempre prestando bons serviços e salvando muitas vidas.

Isso antes de ser prefeito.

O primeiro Teco Teco pousou na Enseada do Velho Zacarias em setembro de 1948, levando os médicos conterrâneos Dr Damasceno Figueiredo e Dr Santos Neto.

Não há qualquer conotação política neste trabalho.

Registramos fatos que passarão para história.

Se alguém quiser, ou desejar, poderá externar a sua opinião através de documento isento e imparcial que fará parte também do ACERVO da FUNDAÇÃO CHIQUITINHO FIGUEIREDO.

São João Batista, 29 de abril de 2.021

LUIZ RAIMUNDO COSTA FIGUEIREDO


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