EDIÇÃO ESPECIAL
DOCUMENTO HISTÓRICO
Preservação da nossa memória
SÃO JOÃO BATISTA E TODOS OS SEUS PREFEITOS, ELEITOS OU NÃO
Por Luiz Figueiredo
O Distrito de São João Batista, do município de São Vicente Ferrer, sempre demonstrou uma grande tendência ao desenvolvimento, principalmente pela sua localização geográfica, próximo ao mar e contando com a operação do Porto da RAPOSA, a partir da década de 40.
Com a eleição do Prefeito Francisco Ferreira Figueiredo,
em 1950, São João Batista passou a trilhar os caminhos do desenvolvimento, já
que o prefeito de São Vicente, tinha residência permanente e fixa em São João
Batista.
Ele adquiriu em 1951 e 1952 um jeep, um trator e um
caminhão.
Iniciou a grande frase de desbravamento abrindo estradas
para interligar os municípios de São Vicente Ferrer a São Bento, indo até os
limites com Pinheiro, no povoado Sororoca; depois foi a Cajapió e Viana.
As estradas abertas a enxadas, pás e picaretas, com muita
participação da população.
Foi um feito extraordinário!!!
Os prefeitos joaninos:
Em 1953 o Governador do Estado, Eugênio Barros, cria e
manda instalar o município, através de decreto, nomeou o Interventor José
Ribamar Martins, comerciante e político com laços com o Cel. José Maria de
Araújo.
A sua administração foi efêmera, pois o ato do governo
seria anulado pelo Supremo, ao conceder mandado de segurança ao Prefeito de São
Vicente Ferrer.
Nesse período foi marcada uma eleição para prefeito
diante da imprevisibilidade do julgamento do Supremo.
O candidato José Porfírio Costa, do PSP, foi eleito,
porém, jamais assumiu, já que com a decisão judicial, o mandato foi extinto ou
inválido.
No dia 14 de junho de 1958, o governador do Estado, Matos
Carvalho, sancionou a Lei da Assembleia Legislativa criando legalmente o
município de São João Batista.
Marcadas as eleições para o dia 03 de outubro foi eleito
o primeiro prefeito MERVAL MARQUES FIGUEIREDO.
Muito pouco pode realizar, a instalação do município foi
um importante compromisso, não havia FPM, os recursos eram repassados duas
vezes por ano, através das Quotas Federais.
Eletrificou a cidade, e o Porto da RAPOSA, adquiriu um
caminhão, um trator, construiu barragens...
Construiu o grupo Escolar Clodomir Millet.
Não pode realizar mais.
ACHILES DOS SANTOS JACINTO, o SEGUNDO prefeito eleito.
Na mesma linha do primeiro prefeito, também pouco
realizou por falta de verbas, mas construiu a Prefeitura, Posto de Saúde,
Barragens de contenção urbana, barragem Bom Jesus, a sua marca.
LUIZ FIGUEIREDO, o TERCEIRO prefeito eleito nas eleições
de 15 de novembro de 1968.
Foi um grande realizador, seus grandes desafios foram o
Aterro da Raposa, a estrada de Santana, a construção do Hospital contra a
vontade do governo e o início da urbanização da cidade: pavimentação das ruas,
muros de arrimo e meio fios.
Barragem de concreto no Paulo Vl para contenção e
segurança da via principal e da pista de pouso.
Abertura de várias ruas no Centro e no Paulo Vl,
construção do mercado e do Matadouro, vários colégios com destaque para o
Castelo Branco.
Doou um prédio público todo reformado para instalação da
Comarca.
Abertura das principais estradas incluindo Ubá, Manival, Olho D’água e Cafuzal.
A assistência médica e a educação foram prioridades,
todos transportados de avião.
A implantação do sistema de abastecimento d'água, pago
pela prefeitura em convênio com a CAEMA.
Barragem São Benedito, barragens nos campos todos os anos e o grande Açude Pau de Leite.
JORGE GONÇALVES FIGUEIREDO, O QUARTO, veio para suceder
LUIZ FIGUEIREDO, ex vereador, habilidoso, amigo, foi, pela limitação dos
recursos, também prejudicado com o seu plano de governo.
Era dedicado às estradas, a assistência médica e à
educação.
Construiu escolas, mercado e melhorou a cidade no setor
urbano.
ANDERSON FIGUEIREDO SOARES, QUINTO prefeito, também sofreu com as
limitações, mas já existia o FPM, o que foi fundamental para implantação de
estradas, e especialmente o seu carro chefe que foram os postos de saúde.
O próximo eleito foi CHIQUITINHO que quase não fez
campanha. O SEXTO. Com quase 70 anos e deitado na sua rede, angariava apoio, e
os eleitores espontaneamente o apoiaram, a vitória chegou logo.
O seu carisma, seriedade, milhares de amigos foram
importantes.
Falar das suas realizações é algo muito gratificante.
Se falarmos da educação já cobrirá praticamente tudo que
qualquer um tenho realizado, mais de trinta escolas só nesse mandato e uma
fábrica de móveis escolares acompanhando.
Nenhum prefeito da Baixada chegou perto!!
Austeridade e honestidade.
Adquiriu vários veículos para auxiliar nas execuções das
obras e serviços, além de dois tratores.
A agência do Banco do Brasil, uma festa!!!
Um grande serviço principalmente para os beneficiários do
INSS, doou seu patrimônio pessoal para a construção da agência e das
residências dos funcionários.
O hospital funcionando na plenitude, não faltava nada,
qualquer coisa o aviãozinho era acionado.
Não ficou devendo ninguém, as pessoas trabalhavam com
gosto e dedicação.
Professores como Maria da Paz, Wilma, e outras muito
dedicadas.
Pavimentação de ruas e a construção da praça da Saudade.
A indústria de tijolos a todo vapor.
Os poços e lavanderias, inclusive poços artesianos.
Ampliação do prédio da prefeitura e aquisição dos
equipamentos.
Qualificação de funcionários e da rede de educação.
A barragem de ACHILES, e outras.
A manutenção e abertura de estradas era uma constante.
O povo alegre e feliz!!!
A Parada de 7 de setembro empolgava a todos, era grande a
participação popular.
Era pra ter continuado, mas o candidato escolhido por
Chiquitinho não ajudou, muito fraco !!!
ZEQUINHA, SÉTIMO mandato.
TONHO FIGUEIREDO, OITAVO PREFEITO veio a vencer a eleição
com a união de LUIZ FIGUEIREDO.
Sua inabilidade e falta de experiência dificultaram o seu
sucesso e pouco realizou.
O próximo prefeito, o NONO, foi ZEQUINHA SOARES, eleito
por uma fragilidade política do Candidato de Chiquitinho, Tonho Figueiredo.
Firmou-se no cargo com muito apoio político e verbas.
Gastão Vieira, Enoc, Cid Carvalho e Roseana foram os
principais apoiadores.
Quatro mandatos, muito dinheiro e várias realizações, a
praça de Eventos foi a sua mais importante obra em substituição à praça da
Saudade construída por Chiquitinho.
Perdemos uma praça pronta e bonita.
Não seria melhor ter construído em outro local e assim
teríamos duas praças?
Outros projetos executados foram A Granja, a Casa do Mel,
da Castanha, nada disso existe mais projetos que não tiveram sequência.
A Marinete para transportar os carentes para São Luís, o
funcionamento e manutenção do hospital.
Uma grande obra do seu governo seria a barragem entre
Beira da Baixa e Coroatá, construída com verba federal. Nada existe, quem
executou, como foi empregado esse dinheiro? Só existem as provas de alguns
sacos de areia no meio da imensidão dos campos.
Melhoramento e pavimentação de algumas ruas, a reforma do
Castelo Branco, construído por Luiz Figueiredo e adaptado para o Centro de
Convenções, e o conjunto de casas populares da Caixa Econômica, sem
participação financeira do município.
Em quatro mandatos, avalia-se como muito pouco.
O fechamento do campo de pouso e a demolição da praça da
Saudade foram suas piores decisões.
Muitas ambulâncias recebidas por doações de parlamentares
e nada mais.
A seguir, O DÉCIMO, com o beneplácito do governador José
Reynaldo, elege-se o seu afilhado e sobrinho para realizar a maior
administração de todos os tempos, foi o maior fiasco.
A incompetência, a irresponsabilidade e a corrupção
predominaram.
A maior decepção já vista na política local.
Se os recursos encaminhados pelo governo tivessem sido
aplicados corretamente, São João Batista séria uma Nova São João Batista.
Com a cassação de Eduardo Dominici assumiu a vice Surama
Soares, DÉCIMO PRIMEIRO, mulher inteligente, sabe fazer política, entrou para
realizar, mas a pouca experiência e o emaranhado deixado pelo antecessor
acabaram lhe trazendo grandes entraves.
Não realizou muito, embora fosse o seu desejo.
Aquele colégio construído no meio da rua sem sequer
espaço para os alunos é uma demonstração de falta de visão, ou falhou a
assessoria?
AMARILDO PINHEIRO, O DÉCIMO SEGUNDO PREFEITO, lutador com
vontade de ganhar, parecia bem intencionado, mas perdeu o cavalo da história,
agindo com muita irresponsabilidade e usufruindo as benesses do poder, sucumbiu
pela incapacidade gerencial.
Não há muito o que citar, basta uma: aquela Academia em
local inapropriado e projeto totalmente inadequado para os idosos de nossa
cidade, eles merecem muito mais.
O resto só obras inacabadas e nada mais.
Por último JÚNIOR DE FABRÍCIO, vice de Amarildo foi o
DÉCIMO TERCEIRO, assume com o afastamento do prefeito.
Poderia ter saído muito bem como um bom gestor, mas não
teve essa capacidade.
Bastariam 1.300.000,00 para investir nas obras que
agradariam a todos, saindo bem com possibilidade de retornar.
Não dominou o cavalo, e caiu sem chance...
O que aconteceu com o prefeito JÚNIOR DE FABRÍCIO?
Quem esteve por trás de tudo isso?
JOÃO CÂNDIDO DOMINICI foi de número 14, deveria ser o
melhor de todos pela sua formação, sua inteligência, experiência em vários
órgãos públicos, rico, membro de conceituada família, foi a grande decepção.
Nunca se viu tanta coisa errada em São João Batista,
desmandos, irresponsabilidade, desleixo com o patrimônio Público.
Prefeitura sem funcionar pelo corte de energia, ausência
do gestor, a administração nas mãos do filho ex-prefeito, tão desvairado ou
mais.
Arrogância, autoritarismo, abuso, enfim não há nem o que
elogiar.
Finalmente pra concluir o desastroso mandato destruiu a
praça da Matriz, ficamos sem o nosso principal Cartão Postal.
O patrimônio Público não se destrói, PRESERVA-SE....
Mas será que vai ficar por isso mesmo?
Não merece mais comentários.
A Era Mecinho começou, teremos que aguardar pelo menos um
ano para uma avaliação.
O NÚMERO 15
CONSIDERAÇÕES FINAIS
DOS TREZE PREFEITOS, QUE TIVEMOS, TEM BONS, MEDIANOS,
REGULARES E PESSSIMOS GESTORES.
Entendam o porquê:
Os prefeitos CHIQUITINHO, LUIZ FIGUEIREDO, MERVAL,
ACHILES, ANDERSON FIGUEIREDO administraram na verdade, dois municípios, OLINDA
ainda era parte de São João Batista.
ZEQUINHA SOARES não poderá ser considerado um bom gestor
e grande realizador, quatro mandatos e apenas metade do território, era pra ter
realizado muito mais.
Muitos prefeitos não souberam sequer usar os equipamentos
disponíveis para o município, sob forma de doação do governo federal.
O avião sempre foi um aliado dos Figueiredo, sempre
prestando bons serviços e salvando muitas vidas.
Isso antes de ser prefeito.
O primeiro Teco Teco pousou na Enseada do Velho Zacarias
em setembro de 1948, levando os médicos conterrâneos Dr Damasceno Figueiredo e
Dr Santos Neto.
Não há qualquer conotação política neste trabalho.
Registramos fatos que passarão para história.
Se alguém quiser, ou desejar, poderá externar a sua
opinião através de documento isento e imparcial que fará parte também do ACERVO
da FUNDAÇÃO CHIQUITINHO FIGUEIREDO.
São João Batista, 29 de abril de 2.021
LUIZ RAIMUNDO COSTA FIGUEIREDO
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Este blog só aceita comentários ou críticas que não ofendam a dignidade das pessoas.