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"A Pomba, a Ave Maria e a Comovente Oração de Despedida", de Edomir Martins de Oliveira
Vice-Presidente Executivo Nacional da Academia Poética Brasileira.
19/09/2022
Do Facetubes
Por: Mhario Lincoln / Fonte: Edomir Marttins de Oliveira
Do Livro: “A PAZ NA LINHA DA VIDA" 2
CAPÍTULO IV
A POMBA, A AVE MARIA E A COMOVENTE ORAÇAO DE DESPEDIDA
*Edomir Martins de Oliveira, Vice-presidente da Executiva Nacional, da Academia Poética Brasileira
Dezoito horas! Igreja repleta de fiéis. Os sinos badalavam anunciando a hora da Ave-Maria. Nessa hora solene, uma tristeza. Os fiéis relembram o momento da Anunciação da concepção de Jesus Cristo feita pelo anjo Gabriel à Virgem Maria. É o momento em que todos mais se concentram no ato religioso.
Nesta mesma hora, estava sendo celebrada a Santa Missa pelo 7º dia de falecimento de uma estimada senhora daquela Paróquia. O Sacerdote, na homilia, lembrou que por ocasião do Dilúvio a humanidade não acreditava que pudesse acontecer esse desastre. Mas Deus fez acontecer conforme Noé anunciara e que Ele determinara. Foi nessa ocasião que se descobriu o valor de um pássaro, a pomba, de muita utilidade.
Em Gênesis 8, versículos 10, 11, e 12, lê-se: “Noé esperou mais sete dias e soltou a pomba para fora arca. Ao entardecer, quando a pomba voltou, trouxe em seu bico uma folha nova de oliveira. Noé então ficou sabendo que as águas tinham diminuído sobre a terra. E completa o versículo 12: “esperou ainda outros sete dias e de novo soltou a pomba, mas desta vez ela não voltou”. As águas haviam baixado. A ave cumprira sua missão.
Na ocasião da Missa de 7º Dia, em que me encontrava presente, lembrei desse episódio bíblico acima, ao presenciar uma cena deveras gratificante. Eram 18 horas. Eis que inesperadamente, como mandada por Deus, surge uma pomba branca. Esvoaçou pela nave do templo e foi pousar no alto da abóbada da Igreja. Os fiéis cantavam nessa oportunidade: “Hosana, Hosana, Hosana, ao nosso Rei” e o sacerdote em viva voz orava:
“Lembrai-vos da vossa filha... que nosso Deus chamou à sua presença. Concedei-lhe que, tendo participado da morte de Cristo pelo batismo, participe igualmente da sua ressurreição”. Nesse momento ouviu-se um bater de asas e a pomba branca alçou novo voo, desta vez para a parte mais alta e localizada ao fundo da nave do templo.
Estava a Igreja repleta de amigos e admiradores da extinta senhora, que deixou excelentes recordações para quantos a conheciam e privavam de sua amizade.
Era ela uma excelente figura humana, exemplo de cristã, praticando sempre os ensinamentos de Jesus Cristo para com o próximo. Seu coração era grandioso, que nunca teve espaço para guardar rancores ou sequer ódio de alguém. Construiu uma vida baseada no amor. Amor ao marido e aos filhos, principalmente, louvando a Deus pela família grandiosa que Deus lhe dera.
Veio o final da missa. Com ela, os fiéis foram externar de perto aos familiares as suas condolências, e entre apertos de mão e abraços de solidariedade ouviu-se novamente o bater de asas da ave e daí em diante não mais alguém a viu.
Assim, à semelhança da pomba que Noé soltara para identificar se havia terra firme, e que não mais voltara por ter cumprido sua missão, a ave também bateu as asas e se retirou, indicando que estava cumprida sua missão de lembrar a todos que uma Santa Mulher houvera partido para os braços do Pai e que agora iria desfrutar das Delicias Celestiais.
Sua missão na terra chegara ao fim.
E o Sacerdote, ao encerrar sua oração, disse de forma bem audível, “Foi uma vencedora e por isso Deus a recebeu de braços abertos. Com a fé que sempre demonstrou em vida, para ela estava reservado o espaço a que faz referência o livro de Apolicapse:3-21 - ... Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono”.

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