terça-feira, 20 de dezembro de 2022

Flávio Dino não é e nunca será um Clóvis Beviláqua, meu texto da tarde: Hélcio Silva


Flávio Dino não é e nunca será um Clóvis Beviláqua 

Hélcio Silva

(20 / 12 / 2022)




Arnold Filho, meu querido amigo!

Não aceito ser manipulado, não aceito pressão política, nem vivo com medo de assombrações.  

Você escreve que Dino, o pior governador do Maranhão dos últimos tempos (a avaliação é minha), diz que as pessoas em manifestações públicas estão fazendo apologia ao crime...

Que crime? 

Ele (Dino) diz ainda que quem chamar Lula de Ladrão está cometendo crime e será preso. Isso ele diz, e está dizendo, antes de ser Ministro da Justiça. Nesse quadro político, quem cometeu crime contra a ordem pública, fez corrupção e lavagem de dinheiro foi Lula, condenado pela Justiça a mais de 20 anos de prisão, condenação que não foi apenas oferecida pelo Juiz Sérgio Moro...

A descondenação de Lula, sim, é que me assusta e me coloca, como cidadão comum, em estado de insegurança jurídica.

Mas não tenho medo!

Não sou advogado, portanto, não tenho esse grande privilégio de elevada formação acadêmica no campo do Direito, ramo do saber que engrandece o ser humano, a Justiça e o Direito. Porém, sei, até além de mim, o que é respeito à Liberdade.

Não há Direito sem respeito à Liberdade.

O meu pequeno conhecimento sobre direito que penso ter, mesmo muito pequenino, não me deixaria cometer o absurdo erro de comparar Flávio Dino ao jurista Clóvis Beviláqua.... Seria um insulto ao Clóvis.

Clóvis Beviláqua foi um jurista, legislador, filósofo, literato e historiador brasileiro, além de um dos responsáveis pela elaboração do Código Civil de 1916.

Clóvis Beviláqua nasceu em Viçosa, no Estado do Ceará, no dia 4 de novembro de 1859. Era filho do padre José Beviláqua, vigário da localidade em que a família estava radicada desde o século XVIII, quando da vinda do avô, italiano, Ângelo Beviláqua.

Em 1882 forma-se em Direito e inicia a carreira de magistrado. No ano seguinte foi nomeado promotor público de Alcântara, no Estado do Maranhão. Em 1884, de volta a Recife, casou-se com a escritora Amélia de Freitas.

Em 1898, foi convidado por Epitácio Pessoa, ministro da justiça no governo Campos Sales, a elaborar o projeto do Código Civil brasileiro, pois já era um mestre do Direito, um dos mais consagrados do Brasil.

O “Projeto de Código Civil” seria o coroamento da brilhante carreira de Beviláqua. Ele o escreveu em seis meses e, encaminhado ao congresso, deu origem a memoráveis polêmicas entre Rui Barbosa e Ernesto Carneiro Ribeiro.

Clóvis Beviláqua só defendeu seu projeto em 1906 com “Em Defesa do Projeto do Código Civil Brasileiro” e só veio a opinar sobre o código dez anos mais tarde com “Código Civil dos Estados Unidos do Brasil, Comentado” (1916-1919), em 6 volumes, na época em que foi sancionado pelo presidente Venceslau Brás.

Clóvis Beviláqua foi consultor Jurídico do Ministério das Relações Exteriores, durante vinte e oito anos. Foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira n.º 14.

Clóvis Beviláqua faleceu no Rio de Janeiro no dia 26 de julho de 1944.

Comparar Flávio Dino a Clóvis Beviláqua é de uma distância inimagináveis... Vai precisar de muitos respiradores!... E vai depender muito da qualidade e procedência dos respiradores!

Até mais ver...

Eu sou Hélcio 

Apenas Hélcio

Nada mais do que Hélcio...


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