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Edomir Martins de Oliveira, antecipa-se ao Natal daquele 2020 e conta uma história marcante
Edomir Martins de Oliveira é vice-presidente da Executiva Nacional da APB.
24/12/2022
Por: Mhario Lincoln / Fonte: Edomir Martins de Oliveira
Do livro "A PAZ NA LINHA DA VIDA"
Edomir Martins de Oliveira, vice-Presidente Nacional da Academia Poética Brasileira – APB
FELIZ NATAL
"Quero, nesta oportunidade, desejar aos meus leitores muitas felicidades neste Natal e no Ano Novo! Que a luz do Menino Deus ilumine a todos, levando Paz, Fé, Saúde, Esperança e Prosperidade em cada lar". (O autor).
Capítulo VII
Quatro meses antes do nosso Natal, do ano de 2020, viajamos a cidade de São João Batista, interior do Estado do Maranhão, para proceder à conclusão do inventário, no Cartório de Notas do município, dos bens deixados por Francisco Ferreira Figueiredo e Conceição de Maia Costa Figueiredo, meus sogros.
O inventário foi procedido de modo amigável e nos termos da proposta de partilha dos bens, apresentada em Juízo. O processo houvera sido conduzido pelo Dr. Luiz Raimundo Costa Figueiredo, que representou em Juízo todos os herdeiros por instrumento público firmado em Cartório.
Os falecidos não deixaram testamento e por essa razão tivemos que fazer o inventário dos dois em um só processo.
Depois de uma viagem de 4 horas via terrestre, constituiu-se um verdadeiro deleite para a mente e para o corpo o trajeto feito, passando pelos belos campos de Perizes, onde o sol parece brilhar mais ardentemente.
Conta-se que em décadas passadas, um Governador do Estado entendeu que seria de bom alvitre trazer ao Maranhão o Ministro da Agricultura para que ele pudesse olhar de perto o que o nosso solo é capaz de produzir, sendo desse modo, mais fácil pleitear verbas que dessem impulso à agricultura do Estado. Tomou o cuidado de avisar ao piloto do avião que sobrevoasse campos de arroz para bem impressionar o Ministro.
O piloto, ”bem orientado”, sobrevoou os campos de Perizes. A autoridade admirou-se do imenso campo verdejante, e o Governador explicou-lhe que eram arrozais, o que foi suficiente para bem impressionar o Senhor Ministro.
Só que os Campos de Perizes nunca foram zonas de plantação de qualquer arrozal, senão na fértil imaginação dos protagonistas do engodo.
No trajeto, passamos por belas cidades interioranas, como Viana, e contemplamos os seus verdes campos e os seus açudes. Naquela terra abençoada por Deus os pássaros parecem cantar mais bonito e o povo vive feliz, sendo berço de nascimento da cantora e compositora Dilu Melo e vários outros intelectuais e líderes de nosso Estado.
Chegamos em São João Batista. Como a viagem era profissional, inicialmente rumamos para o Cartório onde tramitava o pleito, e fomos atendidos incontinenti pela escrivã titular do cartório.
A documentação houvera sido conferida cuidadosamente pelo Cartório, verificando-se ainda que todos os impostos estavam pagos e as certidões negativas das Fazendas: Nacional, Estadual e Municipal estavam de acordo com a Lei.
Assim, pudemos assinar como advogado, sob a chancela cartorária, a minuta encaminhada para partilha dos bens e agora preparada, sendo em seguida providenciado o registro no Cartório de Imóveis. Recebidos os formais de partilha estávamos com a missão cumprida.
Naquela data, o inventariado estava completando mais um ano de falecimento. Em companhia de Luiz Figueiredo, o filho mais velho e inventariante, fomos levar flores ao túmulo do falecido e em seguida fomos visitar ainda a Rádio Beira Campo, de sua titularidade, ocasião em que dirigimos uma saudação ao povo da Cidade, e prestamos mais uma homenagem póstuma a Chiquitinho Figueiredo, como politicamente era conhecido, homem probo, grande político e líder inconteste da baixada maranhense.
Ficamos surpresos com o acervo bibliográfico existente na Fundação Chiquitinho Figueiredo. Ali, descobrimos uma Bíblia Sagrada, publicada no ano de 1800, que fora doada por autoridades religiosas; fotografias de Chiquitinho e de obras que marcaram sua gestão como bom Prefeito e bom parlamentar; fotos da sua família, e de outros políticos ilustres que visitaram a querida São João Batista que ele tanto amava; livros antigos e atuais de autores ilustres e farta documentação histórica. A cidade encanta pelos seus belos campos verdejantes, pelo seu povo sempre acolhedor e pela sua história.
Meu finado sogro tinha razão, quando nos afirmava sempre, que a baixada maranhense e especificamente aquela área, era pródiga em propiciar um revigoramento aos visitantes.
Luiz Raimundo Costa Figueiredo, nosso anfitrião foi de uma gentileza própria que tanto o caracteriza, nos oferecendo um almoço onde participaram várias pessoas amigas, que aproveitaram o ensejo para nos desejar um feliz retorno cheio de muitas felicidades e um convite para voltarmos a visitar a Cidade em breve.
Lembrei-me de escrever esta crônica porque estamos na semana natalina, quando mais me ocorrem as lembranças do meu estimado sogro, e a ausência dele é mais sentida, pois amava o Natal, festejando com a família toda reunida. Na Ceia Natalina ele nunca deixava faltar um leitãozinho à pururuca e um peru caipira, que já trazia temperados do interior, além de outras deliciosas iguarias, pois gostava de mesa farta. Quantas saudades. !!!


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