sábado, 10 de junho de 2023

A volta triunfante do poeta e escritor Edomir Martins de Oliveira

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Edomir Martins de Oliveira volta triunfante falando de capsulite adesiva e um quase cancelamento de uma festa de noivado.


O que teria acontecido ao noivo quando os convidados, tensos, viram sua expressão de dor ?

07/06/2023 às 19h20Atualizada em 07/06/2023 às 20h10

Por: Mhario Lincoln / Fonte: Edomir Martins de Oliveira

Do Facetubes


Edomir Martins de Oliveira, Vice-Presidente Nacional da  ACADEMIA POÉTICA BRASILEIRA – APB

                                     

CAPSULITE ADESIVA QUASE ACABA COM FESTA DE NOIVADO

     

Sempre fui um grande apreciador de filmes, romances, filmes em série, quando se relacionam com assuntos médicos. Nestes últimos dias, tenho me dedicado à “Dra. Chá”, uma série coreana, onde a Dra. Chá Jeong Suk, médica, é a protagonista principal, casada com o médico-cirurgião e professor de Universidade Local, Dr. Seo In-ho.


Assistia o episódio com minha esposa e vimos que no decorrer de uma cirurgia, o cirurgião foi acometido de uma dor lancinante no ombro direito, o que lhe dificultou os movimentos necessários para levar a cirurgia até o final, que foi concluída com sucesso pelo jovem médico Dr. Kim. Exames posteriores, diagnosticaram que o cirurgião estava com uma “capsulite adesiva”, também conhecida como “ombro congelado”.

Fui pesquisar sobre o mal que acometera o cirurgião e aprendi que ela é autolimitada, que causa inflamação na cápsula articular do ombro, gerando dor, seguida de limitação dos movimentos.            

Esse caso do médico coreano, fez-me lembrar de um caso parecido. Havíamos sido convidados para o noivado de um casal jovem, filhos de famílias amigas, no dia 12 de junho, “Dia dos Namorados”. Nessa oportunidade, é quando os casais mais fazem suas declarações de amor e juras de companheirismo e fidelidade para enquanto viverem. 

A festa do noivado foi na residência dos pais do jovem, aproveitando a data do seu aniversário. Foi um evento íntimo, entre as famílias e alguns amigos mais chegados. Noivado realizado, as comemorações foram feitas debaixo de muita alegria, música, vinhos, salgados e finos frios, e um bolo muito bonito. Espumantes foram servidos aos noivos e aos convidados. Nessa hora do brinde, uma voz exclamou: - “Felicidades aos noivos!”, seguindo-se muitos aplausos. O noivo, ao levantar a taça, sofreu uma dor fortíssima no ombro direito que o impossibilitou de desfrutar das alegrias do momento. Mal teve tempo de provar o excelente champanhe que recebera de um amigo que chegara da França.

Como convidado, participava um fisioterapeuta amigo do noivo, que, em análise preliminar, diagnosticou tratar-se de uma capsulite adesiva, incomum na sua idade tão jovem. Foi rapidamente à sua mochila, que estava no carro, e trouxe-lhe alguns analgésicos e material para em situações de emergência como essa. Imobilizou-lhe o braço. 

O noivo depois de medicado, serenando as dores dizia: - “Felizmente deu tempo de ajoelhar-me fazer o pedido e colocar a aliança no dedo da minha amada e ela colocar no meu dedo ”-. E se dispôs a dar um discreto sorriso.

Todos estavam tensos, ao ver a expressão de dor do jovem, principalmente a noiva. Era importante fazer exames médicos com especialistas, sem demora, para firmar o diagnóstico inicial e iniciar o tratamento indicado, o que radiografias e exames confirmaram. 

Os convidados vendo a expressão de um pouco de alivio do noivo foram relaxando e curtindo o momento de alegria, e a conversa ia fluindo. Em certo momento, um senhor aproximou-se de mim e disse que anos atrás, quando ele era jovem e irresponsável, segundo ele mesmo, fui seu advogado, embora não o estivesse reconhecendo, pois houvera sido preso em razão de briga de trânsito. 

Era jovem de temperamento violento, brigando por qualquer coisa o que, reconhece, lhe causava grandes dissabores. Encontrara Jesus Cristo indo a uma Igreja, atendendo convite de um amigo e se convertera. Não era mais o homem que outrora eu conhecera. Agora era evangélico e já recebera o título de obreiro na Igreja que frequenta, podendo pregar o evangelho, pois fizera curso de instrução bíblica. 

Agora, curtia com sua família momentos de muita alegria, indo vez por outra a restaurantes, cinema, viagens etc. Aliás, recentemente, fora a novo restaurante da cidade, e se deliciara com um pato celestial, constante de uma receita nova de um grande chef de culinária. 

Entre os convidados a conversa continuava indo dos noivos à capsulite adesiva, havendo até quem dissesse que dela, fora acometido de certa feita.


Em meio a tanta conversa, entre uma taça e outra de vinho, eis que, de repente, ouviu-se uma voz: "pega ele". E todos espantados, queriam saber se era um ladrão que vira a porta aberta e entrara ou um penetra de festa. Na verdade, tratava-se tão somente do cãozinho do aniversariante, que se soltara de onde estava e que fugira, podendo sair do apartamento, vez que a porta estava aberta.  

Esclarecido tudo, o animal voltou para o lugar onde estivera recolhido, e as conversas retornaram agradáveis e aos sorrisos de alegria que era o clima dominante.       

Nas rodas de conversas sempre surgem pessoas muito palradoras. Uma, depois de uma generosa dose de uísque, contou jocoso episódio que presenciara. O empregado de um açougue houvera saído, para ir a um hospital cobrar uma conta de fornecimento de carnes. O seu avental branco, sujo de sangue, foi confundido com o de um paciente e queriam pô-lo em maca, pois pensaram em facada abdominal profunda, com grande sangramento. Desfeito o engano, restou a raiva do cobrador pela confusão a que ficou exposto, e que voltou sem nada receber, porque o diretor do hospital não pôde atendê-lo. 

O fisioterapeuta lembrou que urgia a recuperação do noivo, pois os amigos de um paciente portador de capsulite adesiva, têm por hábito dar-lhe uma tapinha no ombro, exatamente o doente, quando vão cumprimentá-lo, acarretando muita dor. 

O noivo, graças aos sedativos tomados, dava-se agora a fazer planos com sua noiva, para um futuro muito feliz com um casamento próximo, sempre com um amor crescente a cada dia.                  


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