Se desejamos servir ao bem
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O Apóstolo Paulo, em suas epístolas, grafou ensinamentos para as comunidades nascentes do Cristianismo. Sobretudo aos trabalhadores da primeira hora.
Escreveu ele que se alguém se purificar, será vaso para a honra, santificado para uso do Senhor, e preparado para toda boa obra.
O alerta se reveste de especial significado nos tempos atuais, pois vivemos num mundo onde os apelos à viciação e ao ócio se apresentam atraentes e constantes.
O Apóstolo dos gentios deixa claro que o bem que podemos fazer está na razão direta das conquistas morais realizadas, bem como no esforço de autoaperfeiçoamento.
Em momento anterior, o próprio Mestre Jesus dissera que ninguém coloca vinho novo em odres velhos porque o vinho novo, ao fermentar, romperá os odres. Perder-se-á o vinho.
Significa que para levarmos no vaso do coração a linfa pura e límpida do Evangelho, traduzida em bem proceder, não podemos ser um vaso cheio de impurezas.
Dessa maneira, se temos os ouvidos puros, poderemos ser instrumentos da justiça, pela interpretação correta dos fatos e dos eventos que nos chegam pela abençoada capacidade da audição.
Se já purificamos a língua, podemos atuar a serviço da verdade e contra a calúnia, que espalha dores e infelicidade pelos caminhos por onde passa.
Se trazemos os olhos puros, está ao nosso alcance fazer o bem, evitando falsos julgamentos ou sendo pedra de tropeço para os irmãos de caminhada.
Se temos fé e boa vontade e seguimos o rumo dos ensinamentos cristãos, ou os que se lhes assemelham, não apenas não cometeremos tantos erros, como evitaremos que se cometam atrocidades em nome da fé que professamos.
Se somos dotados com inteligência privilegiada, podemos colocá-la a serviço da comunidade em que nos movimentamos.
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Servir ao bem é afastar-se da influência do mal em esforço genuíno, não perdendo de vista a recomendação evangélica de vigiar e orar, para que não nos tornemos propagadores da viciação e do mal.
Diferentemente do que possa parecer, isso não requer grandes sacrifícios. Basta o esforço para romper com o passado de enganos, abandonando o egoísmo, gerador de todos os males que assolam a Humanidade.
Dessa maneira, principiemos por sintonizar nosso pensamento nas fontes generosas que propagam o bem, que falam o bem, que divulgam o bem.
Habituemo-nos a cultivar pensamentos de otimismo, de renovação, de entusiasmo pela vida.
Assim agindo, estaremos sempre aptos a nos tornarmos as mãos de Deus para atender nossos irmãos na Terra.
Onde quer que se instale a necessidade, poderá dispor a Divindade de nossos ouvidos para ouvir a dor alheia, de nossos olhos para descobrir a miséria onde se apresente, seja a do corpo ou a da alma.
Talvez não possamos fazer muito mas podemos ser como a pequena ave que, com as gotas de água que leva nas asas, se dispõe a apagar o incêndio da floresta.
Ofertemos a gota de água que fará a diferença para quem precisa ter amenizada sua sede.
Sejamos o minúsculo pedaço de pão que aplaque a fome de alguém, o pano que abriga quem padece o frio da indiferença.
Modifiquemo-nos para servir no bem.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 78, do livro Vinha de Luz, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. FEB e no Evangelho de Lucas, cap. 5, versículo 37.
Em 22.3.2025
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