ESCRITOR & HISTORIADOR
Antonio Guimarães De Oliveira
Existem dois tipos de homens: os que fazem história e os que sofrem com ela. A verdade do escritor não corresponde à verdade daqueles que distribuem o ouro.
Escrever não é fácil ou difícil, mas possível ou impossível. O mal dos que creem ser os donos da verdade é que quando precisam demonstrá-lo não acertam uma.
A história, a indefectível história, vai a reboque das ideias. Uma greve de intelectuais, que é um pressuposto improvável, paralisaria a marcha do mundo.
A história ensina-nos duas coisas: que os poderosos nunca coincidiram com os melhores e que a política nunca foi tecida pelos políticos. Quem resiste vence.
A vida não é apenas o coração batendo. É também o pensamento flutuando sobre o coração que parou de bater. A inspiração está funcionando boa parte das horas.
Para que serve o ouro do tempo senão para vê-lo passar acariciando-o? É melhor e mais saudável para a alma, já se disse há muito tempo, desgastar-se do que enferrujar.
A verdade é que as situações artificiais envelhecem rapidamente. A função mais nobre de um escritor é testemunhar, como cronista fiel, o tempo em que viveu.
*Camilo José Cela Trulock, 1º. Marquês de Iria Flavia (Padrón, 11 de maio de 1916 — Madrid, 17 de janeiro de 2002)* (TRANSCRITO NA ÍNTEGRA POR ANTONIO GUIMARÃES DE OLIVEIRA. DATA: 08.04.2025. SÃO LUÍS-MA).
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