quinta-feira, 8 de maio de 2025

Misericórdia na Justiça Divina - texto/crônica do Momento Espirita de hoje


Misericórdia na Justiça Divina

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Por desconhecermos a grandeza das leis divinas, falamos, de forma equivocada, a respeito da Justiça de Deus.

O Pai, que é a bondade suprema, não castiga os Seus filhos. Deseja somente que caminhem em sua direção, no rumo da felicidade desejada.

Enquanto nós julgamos os fatos pelas aparências e circunstâncias do momento, a Justiça Divina abrange um contexto muito mais amplo.

As leis divinas consideram a intenção que move os atos, nunca apenas os atos em si mesmos.

Um filme nacional que retrata a vida dos habitantes do sertão nordestino, apresenta uma cena comovedora.

É o momento em que vários personagens estão sendo julgados num tribunal do Além. A sentença, percebe-se, será o envio para uma zona de sofrimento, a fim de sanarem tantos atos equivocados cometidos.

Então, o protagonista apela para a Mãe de Jesus que atende ao chamado e intercede por aquelas almas.

É preciso levar em conta, diz ela, a pobre e triste condição do homem.

Os homens começam com medo e terminam por fazer o que não presta, quase sem querer... É o medo.

Medo de muitas coisas... Do sofrimento, da solidão. No fundo de tudo, medo da morte...

Compadecida com a miséria daqueles pobres Espíritos, chamados a prestar conta de seus atos, ela recorda os padeceres deles, enquanto homens sobre a Terra.

Lembra que eles, desde muito cedo, precisaram se acostumar com o pão escasso, com a fome, com a seca que castigava.

Que necessitaram abrir mão da infância para o trabalho duro. E quando não podiam mais suportar o fardo sobre os ombros... oravam.

A cada vez que o chão se partia por falta de chuva, formava-se um grupo de retirantes, que deixava aquelas terras.

E tornava a voltar, com os primeiros pingos d'água, como se a esperança fosse uma planta que nascesse com a chuva.

*   *   *

Retirando a alegoria e a forma fantasiosa das licenças cinematográficas, podemos concluir que o filme reflete um pouco da realidade.

O Pai Maior sempre leva em conta os motivos dos nossos tropeços e considera nossa real capacidade de autossuperação.

A Misericórdia Divina compreende nossos medos, nossas fraquezas, nossa falta de fé.

E não se pode conceber um pai que deixa seus filhos padecerem a mais dolorosa miséria só para os infelicitar.

Todas as situações, pelas quais Deus nos permite passar, têm o objetivo de nos fazer crescer espiritualmente e aprender a viver.

Naturalmente, o Criador conhece nossos pensamentos e sentimentos mais secretos. Por isso de nada nos adiantará inventarmos desculpas para os atos praticados por maldade e egoísmo.

Mas o que fica evidente é que, por vezes, o que para nossa visão deficitária parece não ter perdão, merece da Misericórdia Divina uma visão realmente profunda e justa.

*   *   *

Quando a dúvida nos assaltar, busquemos o auxílio de Jesus. Ele nos mostrará a verdade.

Quando a esperança tentar fugir pela janela, confiemos nossas preocupações ao Sublime Pastor, que nunca abandona Suas ovelhas.

Se cometermos erros, que seja por fragilidade. Jamais pelo desejo do mal. Agindo assim, sempre teremos quem interceda por nós, em nome da misericórdia e do amor.

Redação do Momento Espírita
Em 8.5.2025


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