ONU divulga 5 principais focos da fome no mundo
Ajuda humanitária
Locais enfrentam risco de fome extrema e morte nos próximos cinco meses; causas envolvem intensificação de conflitos, choques econômicos e desastres naturais; dificuldade de acesso para entrega de ajuda e cortes de financiamento pioram a situação.
Haiti, Territórios Palestinos, Sudão, Sudão do Sul, e Mali são os cinco principais focos da fome no mundo, de acordo com um relatório lançado por agências da ONU nesta segunda-feira.
Todos esses locais enfrentam risco de fome extrema e morte nos próximos meses, caso não haja uma ação humanitária urgente e um esforço coordenado da comunidade internacional.
Crises causadas por conflitos, choques econômicos e desastres naturais
O levantamento indica que muitas comunidades que vivem nesses países e territórios já enfrentam fome, correm o risco de passar fome ou lidam com níveis catastróficos de insegurança alimentar aguda.
Os motivos envolvem a intensificação ou persistência de conflitos, choques econômicos e desastres naturais. Essas crises são intensificadas por crescentes restrições de acesso e cortes de financiamento.
No Sudão, a fome foi confirmada em 2024. Espera-se que as condições persistam devido ao conflito contínuo e ao deslocamento, particularmente nas regiões do Grande Cordofão e da Grande Darfur.
Dificuldade de acessar ajuda
No Território Palestino, a probabilidade de fome na Faixa de Gaza está crescendo, pois as operações militares em larga escala dificultam a capacidade de fornecer assistência humanitária vital.
O Sudão do Sul enfrenta ameaças crescentes de tensões políticas, risco de inundações e desafios econômicos. Aproximadamente 7,7 milhões de pessoas, ou 57% da população, devem enfrentar altos níveis de insegurança alimentar aguda
No Haiti, níveis recordes de violência e insegurança de gangues estão deslocando comunidades e prejudicando o acesso à ajuda. Mais de 8,4 mil deslocados internos já enfrentam níveis catastróficos de insegurança alimentar aguda na capital, Porto Príncipe.
Já no Mali, os altos preços dos grãos e o conflito em curso estão abalando as famílias mais vulneráveis. Cerca de 2,6 mil pessoas correm o risco de insegurança alimentar catastrófica de junho a agosto de 2025.
13 países e territórios sob alto risco
Os dados do relatório projetam uma grave deterioração da insegurança alimentar aguda em 13 países e territórios.
Além dos cinco focos de maior preocupação, o Iêmen, a República Democrática do Congo, Mianmar e Nigéria são considerados de grande preocupação. Os outros países citados no relatório são Burkina Fasso, Chade, Somália e Síria.
O relatório semestral é uma análise preditiva e de alerta precoce que aborda a deterioração das crises alimentares nos próximos cinco meses.
O estudo é desenvolvido pelo Programa Mundial de Alimentos, WFP, e pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, com apoio financeiro da União Europeia.
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