segunda-feira, 21 de julho de 2025

O Brasil Respira Sob Censura - Artigo de Alex Pipkin, PhD

 

O Brasil Respira Sob Censura

Alex Pipkin, PhD*

O Brasil respira sob censura. Ainda chamam isso de democracia… Mas o que vivemos não é liberdade; é disfarce. O que há, de fato, é controle do discurso, perseguição política seletiva, manipulação institucionalizada, inversão sistemática da realidade. O Brasil virou um imenso tribunal ideológico, onde se julga não o que se fez, mas o que se pensa.

Converso com empresários de todos os portes, trabalhadores, amigos, familiares. Só se fala de incerteza, insegurança. O país está travado. Há uma névoa sobre o futuro que impede qualquer ação racional de investimento, planejamento, crescimento. O essencial desaparece da conversa pública tupiniquim, ou seja, produtividade, emprego, renda, ambiente de negócios… O colapso não é questão de se, mas de quando.

O Brasil vive uma obsessão. O debate público foi sequestrado por uma guerra ideológica permanente. A pauta nacional está contaminada por narrativas emocionais, sectárias, irrelevantes. Não se fala mais em eficiência do Estado, em educação técnica, em competitividade, inserção global, liberdade econômica.

A política transformou o país num campo de batalha de rótulos. E quem perde é o povo. Quem perde é o empreendedor que quer investir e é sufocado. E o trabalhador que quer produzir e é ignorado.

A ascensão de Bolsonaro acentuou uma cisão que já fervia. O retorno do lulopetismo, com sua retórica de “união nacional”, consolidou o poder de um establishment disposto a tudo para eliminar o contraditório. O Judiciário deixou de ser árbitro, virou um ator com agenda. Vivemos sob uma toga que legisla, executa e censura.

O Congresso? Um teatro de omissões. O Executivo é um amontoado de improvisos, discursos divisionistas e alianças oportunistas. Evidente, o Estado inflado, caro e hostil ao setor produtivo.

E, agora, há um novo ator no tabuleiro global.

Trump voltou. O jogo começou a mudar. O presidente da maior potência do mundo — gostem ou não — já começou a aplicar sanções contra regimes que violam liberdades civis. E o Brasil entrou nesse radar. Não por acaso. Trump não disfarça sua “aliança com a dinastia Bolsonaro”, nem sua repulsa à ditadura da toga. O objetivo é claro: expor, confrontar e isolar o sistema de perseguição política que se instaurou no Brasil.

Com Trump de volta, o país entra oficialmente no foco da nova guerra civilizacional. O da liberdade contra controle, da verdade contra manipulação, e da democracia real contra ditadura disfarçada.

Mas aqui dentro, seguimos encenando. Como se o problema fosse “discurso de ódio”. Como se censurar o outro lado fosse restaurar a verdade. Como se calar vozes críticas fosse garantir a paz social.

Não há prosperidade sem liberdade. Não há liberdade sem verdade.

A verdade é que o Brasil está paralisado. Não por falta de recursos, mas por excesso de narrativas falsas. O custo disso é brutal: o capital foge, os talentos vão embora, a juventude se desilude. Um país inteiro congelado, intoxicado por ressentimento e medo, sem agenda produtiva, sem liderança lúcida, sem futuro claro.

Não é exagero. É o retrato, que dói.

O Brasil precisa de ar. Precisa romper essa camisa de força ideológica. Precisa lembrar que liberdade não é concessão, é pré-requisito. Que crescimento só vem com segurança jurídica, estabilidade institucional e liberdade de pensamento.

E o futuro do Brasil passa por uma reconstituição nacional urgente, alicerçada no protagonismo do setor privado, que deve liderar a recuperação. É preciso reformar o Estado para que ele seja um facilitador e não um entrave, simplificar o ambiente de negócios, garantir mais liberdade econômica e individual para que as pessoas possam empreender, gerar empregos, inovar e apresentar soluções reais para a sociedade.

Sem isso, não haverá saída para o ciclo vicioso de estagnação e retrocesso. Não é somente o país “da década perdida”, mas, talvez, do século…

Ainda chamam isso de democracia. Mas já não é. Claro que não.

Só que agora o mundo percebe.


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