quarta-feira, 22 de outubro de 2025

Faltou coerência a Brandão, mas faltou também decência - Por Márcio Jerry, Deputado Federal


Faltou coerência a Brandão, mas faltou também decência

Por Márcio Jerry, Deputado Federal

Em política tem que ser ter coerência. E é também uma característica essencial da boa política respeitar a palavra dada e o compromisso assumido.

Em 2022 o então vice-governador Carlos Brandão recebeu das mãos honradas e limpas do então governador Flávio Dino o comando do Maranhão no compromisso de dar continuidade ao ciclo de mudanças iniciado em 2015.

Mas Brandão desrespeitou a palavra dada, descumpriu compromissos e resolveu instituir um governo familiar e patrimonialista, num grave retrocesso. Mais grave: entregou o governo na prática ao comando de seu irmão Marcus Brandão. E o pior: retrocesso na segurança pública, precarização dos serviços de saúde, abandono das rodovias estaduais, abandono do Escola Digna, entre outros graves problemas na gestão.

O governo encerrado em 2022 jamais quis permanecer no comando da gestão. O que se quis, através do exercício político democrático, foi que o governo avançasse no ciclo virtuoso iniciado sob liderança de Flávio Dino.

Como integrantes do núcleo político que elegeu Brandão governador, fizemos um esforço permanente em dialogar para manter coerência com o processo político e administrativo vitorioso em 2014. Os diálogos, contudo, foram escasseando na exata medida em que o governador Brandão se distanciava dos princípios de gestão republicana e acentuava o caráter familiar e despudoradamente patrimonialista.

A política democrática foi substituída pelo uso da máquina pública para cooptar, chantagear, coagir e assim montar um projeto de poder familiar. Uma politicagem “insana, agressiva, utilizando-se até de chantagens e barganhas nada republicanas”.

Esse processo infelizmente degradou a tal ponto que o próprio governador Carlos Brandão foi puxado pelo irmão Marcus ao território sujo da baixíssima politicalha participando de um esquema de gravações clandestinas próprias de gangsterismo político.

Faltou coerência a Brandão, mas faltou também decência. Sairá do governo para o panteão de maior traidor da história politica do Maranhão.

Márcio Jerry

Deputado Federal


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