sexta-feira, 8 de março de 2013

A tristeza de Zé Dirceu

Desejava ir ao velório de Hugo Chaves



Zé Dirceu ficou em casa

Zé Dirceu, condenado do Mensalão, desejou viajar para Caracas. Queria assistir ao velório do presidente Hugo Chávez. Não foi possível. Sem passaporte não  poderia voar. Pediu permisão e o pedido foi negado. Ficou triste.
"O recolhimento do meu passaporte, em novembro passado – também numa decisão monocrática não submetida ao pleno do Supremo, apesar de meus reiterados pedidos - não exclui meu direito de viajar",  - disse Zé Dirceu em comunicado hoje no seu site.
Eis o que ele escreveu no comunicado de hoje:


Com tristeza, despeço-me de Chávez daqui do Brasil, minha pátria 

Zé Dirceu
      
Publicado em 08-Mar-2013

Com a decisão monocrática do presidente do Supremo Tribunal Federal, estou impedido de viajar à Venezuela para me despedir do presidente Hugo Chávez. Quis prestar uma homenagem a Chávez, exemplo de coragem, luta e persistência na busca pela Justiça, expressando ao povo e ao governo da Venezuela minha gratidão ao apoio e à solidariedade que o presidente sempre me deu...Com a decisão monocrática do presidente do Supremo Tribunal Federal, estou impedido de viajar à Venezuela para me despedir do presidente Hugo Chávez, apesar de não haver trânsito em julgado de minha condenação e de eu estar no exercício de todos os direitos e garantias individuais, como qualquer cidadão brasileiro.

O recolhimento do meu passaporte, em novembro passado – também numa decisão monocrática não submetida ao pleno do Supremo, apesar de meus reiterados pedidos –, não exclui meu direito de viajar, como a própria decisão deixa explícito ao exigir aval da autoridade coatora para essas viagens ao exterior. E o caso concreto – a morte de Hugo Chávez – mais do que justifica meu pedido, até por razões humanitárias.

Com esse gesto limite, também quis prestar uma homenagem a Chávez, exemplo de coragem, luta e persistência na busca pela Justiça, expressando ao povo e ao governo da Venezuela minha gratidão ao apoio e à solidariedade que o presidente sempre me deu, com provas inequívocas de amizade e carinho.

Com tristeza e saudades, despeço-me de Chávez daqui do Brasil, minha pátria.

 

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