Jersan Araújo
Estamos de volta à lide, tentando entender de que forma o quadro político maranhense vai se adequar com tantos imbróglios, que a cada dia se acentuam e tomam formas nas discussões internas dos partidos e na imaginação do eleitorado, à sua maneira. O PT está entre apoiar Luís Fernando (PMDB), Flávio Dino (PCdoB) ou lançar candidatura própria. O PSDB não discute a terceira hipótese (candidatura própria) embora tenha nas suas hostes uma forte liderança e um experiente nome como o do ex-prefeito João Castelo que, também, foi governador, senador e deputado federal.
Os tucanos analisam, apenas, duas possibilidades: Coligar-se com Flávio Dino, que por sua vez apóia a reeleição de Dilma Rousseff (PT) ou com Luis Fernando Silva (PMDB) descendente da oligarquia Sarney, apoiado por Roseana e que, a exemplo do candidato comunista defende a reeleição da petista. Nessa situação, de que forma se posicionaria o PSDB, com relação à candidatura de Aécio Neves? Em qual dos palanques pousariam os tucanos no do candidato à Presidência do partido, ou no do candidato a governador que decidir apoiar, com Dilma?
A governadora Roseana Sarney, desgastada com os massacres de presos registrados na Penitenciária de Pedrinhas, parece mais preocupada com a eleição indireta a ocorrer na Assembléia Legislativa, para eleger o sucessor que terá a missão de concluir o atual mandato dela por razões mais que justificáveis: se ela indicar Luís Fernando e ele perder, estaria definitivamente fora da disputa nas eleições de outubro. Essa possibilidade existe, enquanto o presidente da AL, Arnaldo Melo resistir como candidato. Qualquer surgimento de outro nome é mera especulação, pois a força dentro do parlamento estadual está dividida entre Roseana e Arnaldo.
Não é lúcido, também, descartar o fato de que Roseana poderá ficar e cumprir o seu mandato até o fim e tentar reverter o atual momento desfavorável ao seu grande, mas decadente grupo que, diga-se de passagem, não está coeso como antes, com relação ao apoio a Luís Fernando Silva. Mas, por outro lado, não se pode ignorar que o Governo, desde a reedição das eleições diretas, em 1982, ganhou todas: Luís Rocha, Cafeteira, Lobão, Roseana, Zé Reinaldo que, rompeu, virou oposição e elegeu Jackson. Portanto, todos foram eleitos com a chancela do Governo do Estado.
O pré-candidato do PCdoB trabalha para unir em torno de si os partidos que se opõem à oligarquia como PDT, PSB, (parte) do PT dentre outros, inclusive o PSDB que enfrenta dificuldades de definir apoio ao presidenciável Aécio Neves e um dos candidatos ao governo já citados que apóiam Dilma Rousseff. Por fim, a deputada Eliziane Gama (PPS) e Hilton Gonçalo (PDT), buscam maior espaço para atraírem adeptos e apoios significativos e mostrarem maior visibilidade das suas propostas.
Os pré-candidatos têm pouco tempo para mostrarem, cada um ao seu modo, dispondo dos recursos que têm, para convencer a população que é melhor. Precisarão romper obstáculos, conquistar lideranças, rebustecer seus grupos e mostrar ser capaz de governar melhor em prol da população.
PROPOSTA VIÁVEL
O vice-prefeito de São Bento, Isaac Filho (PTB), no
exercício do cargo, (face ao pedido de licença do prefeito Carrinho Muniz, para
tratamento de saúde), lançou na semana passada uma proposta viável: que o
candidato a vice, na chapa liderada por Luís Fernando (PMDB), ao governo
estadual seja da Baixada Maranhense. Isaac Filho Justifica a indicação por
considerar que essa região nunca mereceu maior destaque no cenário político,
embora seja representada por fortes lideranças nas casas legislativas e nas
prefeituras.
Como sugestão a proposta deveria ser analisada não apenas
pelo candidato governista, mas, também pelos demais postulantes à chefia do
Poder Executivo, pois não se trata de questões ideológicas ou partidárias.
Trata-se de valorizar uma região que tem apostado na boa intenção de
governantes que jamais conseguiram concretizar projetos viáveis e importantes
para o seu desenvolvimento, como por exemplo, a construção de barragens e
quites de contenção de água nos seus belos, porém, assoreados campos. Isaac Filho disse à coluna que conversou com vários prefeitos, vereadores e lideranças e que todos concordam com a iniciativa que visa valorizar e destacar a Baixada Maranhense na vitrine política do Maranhão e do Brasil.
FÁBIO CÂMARA
Tivemos a satisfação de receber, no último domingo, a visita
do vereador Fábio Câmara, em nossa residência, no Recanto dos Vinhais.
Conversamos sobre política, lógico. Percebi em Fábio Câmara o desejo de
proporcionar às camadas mais sofridas da população uma vida mais digna,
enviando ao Poder Executivo Municipal propostas e sugestões que, uma vez
executadas atenderiam esse seu sentimento de representante do povo e de
cidadão.
Percebi nele, também, a responsabilidade e a preocupação de
estudar as matérias em tramitação no legislativo, antes dos debates. Fábio não
joga palavras aos ventos. Estuda para aprofundar as discussões e fazer os
encaminhamentos com lucidez e conhecimento, inserindo sugestões que visam
melhorar as proposições antes de serem votadas. Como opositor solitário à
administração municipal ele tem encontrado muita resistência que ao longo do
mandato e com experiência tentará vencê-la e atender concretamente as
expectativas da coletividade que representa. Foi um prazer ouvi-lo!
DOAÇÃO
O prefeito Amarildo Pinheiro, de São João Batista, assinou
na semana passada, no Ministério Público estadual, a doação de um terreno do
município, para a construção da nova sede da Promotoria de Justiça no
município.
OBRIGADO, JB!
Depois de um mês voltamos a ocupar este espaço procurando
sempre, com isenção, liberdade e sem agressões pessoais a quem quer que seja,
criticar, denunciar e analisar os fatos políticos e sociais, preferencialmente,
do nosso estado. Na minha ausência fui substituído pelo amigo e conterrâneo
professor João Batista Azevedo a quem agradeço pela significativa contribuição.
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