São Luís, 30 de outubro de 2014
Caro Generaldino, um bom dia e muita paz
Até o governo do Dr. Newton Belo, o Maranhão era um Estado
produtor, com sua agricultura fortalecida, e tinha uma economia equilibrada:
finanças sem grandes problemas.
Com a pose do Dr. José Sarney, em 1966, eleito com uma
votação consagrada e ajuda do regime militar, houve uma febre de mudança e perseguição.
Newton Belo foi logo cassado. Esmagaram o newtismo, e a oposição ficou
enfraquecida. Sarney era um Deus. Ganhou eleição com o povo dançando e cantando
pelas ruas da cidade: “meu voto é minha
lei / governador José Sarney”...
Era a mudança!
Cafeteira fazia de conta que era oposição, tudo combinado
com o Sarney!...
Os anos foram passando...
Aí, chegou o Castelo usando um bigode igual ao do Sarney, com uma forte
propaganda dizendo “Sarney é Castelo / Castelo é Sarney”...
Era o Maranhão Novo ou o Novo Maranhão!... Vibração total...
Como governador, Castelo passou a ser o delegado da ditadura
no Maranhão...
Outro governador - o Lóia – (Luiz Rocha) - afirmava ser a
régua e o compasso do Sarney...
Não esqueçam que também chegou o Zé Reinaldo assumindo
importantes cargos, inclusive de Ministro e Governador, tudo pelas mãos do
coronel...
O coronel mandou no Maranhão mais do que Vitorino... O
Vitorino foi candidato a vice-presidente da República na chapa de Cristiano Machado
e perdeu eleição... O coronel foi presidente...
Mesmo sendo presidente, o Sarney nada fez de importante pelo Maranhão; a não ser
deixar o nosso Estado na pobreza em que se encontra, com uma dívida pública do tamanho
do bonde: quase impagável...
Pelo bem da verdade, pelo direito e pela justiça, precisa
ser dito que os maiores responsáveis por essa dívida Pública do Maranhão são os
então (nas respectivas épocas) governadores Zé Reinaldo e Roseana Sarney, ambos chegando ao poder pela
força do coronel...
Como eu afirmei no início que até o final do governo de Newton Belo o
Maranhão era um Estado produtor, hoje, até o inocente e vermelhinho tomate que
a gente bota na salada vem de fora...
Agora, chegou o Flávio Dino com o mesmo blá-blá-blá de
mudança... Tomara que não seja igual à mudança anunciada pelo coronel em
1966...
Um abraço de Hélcio
de Jesus, filho de Upaon-Açu.
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