Texto da Coluna de Cesar Maia
1. O Brasil é uma Federação. E, além disso, é um presidencialismo vertical. Estas duas condições dão aos governadores uma força mais que proporcional. Especialmente num Congresso pulverizado com 28 partidos.
2. Em função disso, a função aglutinadora e coordenadora dos
governadores em relação a suas bancadas de deputados e senadores amplia, em
muito, a importância política deles.
3. E será isso que os fortalecerá junto a Presidente da
República que, num parlamento pulverizado idealmente, precisaria se articular
com os governadores para evitar o varejo do voto, pai e mãe dos mensalões.
4. Mas se avaliarmos os governadores eleitos, apenas dois
terão -de partida- expressão política e capacidade de liderar suas bancadas de
deputados federais e senadores: Alckmin de S.Paulo e Pimentel de Minas Gerais.
Aliás, ambos presidenciáveis para 2018.
5. Num quadro destes, a tendência desses últimos anos de
desfederalização de fato se acentuará, seja desfederalização econômico-fiscal,
seja político-parlamentar.
6. Com isso, crescerá a verticalidade presidencial, será
ampliado o varejo parlamentar e a importância do ministro de articulação
política, tenha o ministério o nome que tiver. O tempo dirá se a Alckmin e
Pimentel se somarão outros nomes que venham a ganhar destaque no exercício do
governo.
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