Por Raimunda Lucinda Martins
Ai que vontade de sair por aí, cantando para o sol, virar de cabeça para
baixo, deixar sair de dentro de mim, a criança que sinto que ainda
ficou presa em mim...Naquelas épocas, em que ser criança era de verdade,
havia distância entre o ser criança e o ser adulto...Não seriamos
miniaturas de adultos, com gestos sofisticados...Havia vestido para
crianças, brincadeiras de crianças, conversas de crianças...Criança não
estaria metido em conversas de adulto...
Tenho vontade de soltar o meu lado de criança e mostrar o que é Ser verdadeiramente criança...
Rolar na terra, carambola, carambela, brincar de pião, de roda, girar
feito louco com outra criança e depois se soltar e ver aonde iria dar,
brincar de pegador, de bola, dançar formiguinha da roça, cantar na
careca do vovô, jogar dominó, dama, baralho, queimado, cambio, elástico,
bambolê, trocar juro juro, cortar o dedo prá fical mal
(mau?)...rsrsrs...gritar: Paralisa! Livre até...,
Ai tempo não
volta... Não se regride...Se envelhece, e o tempo passa...O tempo
passou...As brincadeiras se foram...E que pena! Não se
perpetuaram!...Não nos vemos nas crianças de hoje em dia, que parecem
miniaturas de adultos... É, o tempo passou!
25/06/2015
Raimunda Lucinda Martins - Palavras e pensamentos de uma peregrina
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