O Relatório Regional sobre Álcool e Saúde nas Américas afirma que o álcool causou mais de 300 mil mortes nas Américas em 2012, um número que excede a população de muitos países do Caribe, sendo a cirrose a maior causa tanto em homens quanto em mulheres.
Um relatório da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS),
lançado em agosto de 2015, aponta que, no Brasil, 73,9 homens a cada 100 mil
habitantes morreram por causa do álcool em 2010, deixando o país na terceira
posição entre os países das Américas. Entre as mulheres foram 11,7 a cada 100
mil habitantes e a 11º colocação no ranking.
O Relatório Regional sobre Álcool e Saúde nas Américas
examina os padrões e as consequências do consumo de álcool na região e avalia
os progressos realizados desde a promulgação do Plano de Estratégia Global e
Ação Regional para Reduzir o Uso Nocivo do Álcool.
Entre suas conclusões, indica que o consumo médio de álcool
nas Américas é maior que no resto do mundo. Em particular, as taxas de
episódios de consumo excessivo e álcool têm subido nos cinco últimos anos, de
4,6 para 13,0% entre as mulheres e de 17,9 para 29,4% entre os homens.
O documento também afirma que o álcool causou mais de 300
mil mortes nas Américas em 2012, um número que excede a população de muitos
países do Caribe, sendo a cirrose a maior causa tanto em homens quanto em
mulheres. Em média, o álcool levou a cerca de uma morte a cada 100 segundos nas
Américas em 2012.
No Brasil, em 2010, a taxa de mortes atribuíveis ao álcool –
ou seja, que ocorreram porque o álcool estava envolvido – foi de 11,7 a cada
100 mil habitantes entre as mulheres e 73,9 entre os homens, representando,
respectivamente, uma queda de cerca de 5% e um aumento de mais 20 em relação a
1990. A Venezuela lidera entre os homens e a Argentina entre as mulheres.
O estudo também aponta o consumo de álcool per capita (APC)
para avaliar quanto de álcool está sendo consumido no país. O APC é a divisão
da quantidade de álcool vendida em um determinado país pelo tamanho de sua
população de maiores de 15 anos. No Brasil a taxa entre os homens é de 13,6 (7º
do ranking) e 4,2 entre as mulheres. Granada apresenta as maiores taxas de APC
nos dois grupos.
O álcool é, segundo o relatório, o maior fator de risco
entre adolescentes entre 15 e 19 anos, superando, por exemplo, o uso de drogas.
Cerca de 14 mil mortes de crianças e jovens com menos de 19 anos de idade nas
Américas foram atribuídas ao álcool em 2010. De acordo com um estudo do
Instituto de Metrologia da Saúde e Avaliação (IHME), o Brasil tem a maior taxa
de mortes atribuídas ao álcool entre este grupo.
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