Fonte - FecomercioSP
Entidade ressalta que a saída da atual crise passa necessariamente pela redução da carga tributária |
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do
Estado de São Paulo (FecomercioSP) é terminantemente contra a volta da CPMF, o
imposto sobre o cheque, extinto em 2007.Para a Entidade, a volta da CPMF é
extremamente prejudicial à economia brasileira, pois, por ser um imposto em
cascata, potencializa a carga tributária, principalmente nas cadeias produtivas
mais extensas. Além disso, reduz a competividade da produção nacional e,
consequentemente, das exportações, problema agravado pelo momento delicado das
contas externas do País e aumenta o custo do investimento, que já é
reconhecidamente elevado no Brasil.A FecomercioSP considera inaceitável que,
diante de tantas evidências da ineficiência do setor público no Brasil, os
governantes ainda cogitem a alta dos impostos para sanar o problema das contas
públicas.Para a Entidade, em um momento de crise em praticamente todos os ramos
de atividade econômica, impor novos custos à sociedade é sinal, em primeiro
lugar, de ausência de sensibilidade política. Além disso, o aumento de impostos
neste momento representa o prolongamento da recessão, com mais inflação e
desemprego.Do mesmo modo, a Federação não vê mais nenhuma folga na capacidade
contributiva da sociedade. Ao contrário, os saques recordes nas cadernetas de
poupança evidenciam que a renda disponível está abaixo do limite considerado
minimamente adequado. O quadro de desalento dos agentes econômicos sinaliza
para o esgotamento de sua condição financeira, resultado de um enfraquecimento
econômico pelo qual a iniciativa privada não tem nenhuma
responsabilidade.Novamente, a Entidade ressalta que a saída da atual crise
passa necessariamente pela mudança do discurso político e pelo ataque aos
verdadeiros problemas que emperram o desenvolvimento do País, entre os quais se
destacam a gritante ineficiência do setor público e a elevada carga tributária.
A FecomercioSP volta a ressaltar que o desequilíbrio das contas públicas é
estrutural, e que só será possível restabelecer a confiança dos agentes
econômicos com a retomada de uma agenda de reformas a longo prazo que envolvam
redução dos gastos públicos e da burocracia.A FecomercioSP é contra a CPMF
desde a criação do tributo, que teve origem no Imposto Provisório sobre
Movimentação Financeira, alíquota de 0,25% sobre movimentações financeiras
aprovada em 1993 e em vigor até dezembro de 1994.Com o argumento de que o
dinheiro arrecadado seria direcionado à saúde, foi criada a Contribuição
Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), sendo prorrogada por diversas
vezes até 2007, quando foi extinta em definitivo.A Entidade manifestou-se
contra o retorno do tributo em todas as ocasiões nas quais houve a
possibilidade, como em 2008, 2011 e 2014, sempre com o argumento de que é mais
eficiente o governo cortar gastos e adequar o orçamento de acordo com as
necessidades em vez de onerar a sociedade com mais tributos.
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