De HS
Eu tinha meus 10 anos, lá pelos idos de 1948, e já o povo mais velho falava, na minha cidade de São Luís, em reuniões espíritas.
Todos os domingos, com sol ou chuva, as crianças da minha
idade (pouquinho mais, pouquinho menos) não perdiam o catecismo do padre, na
Igreja de Santo Antônio; mas, na saída, a gente combinava a ida a qualquer
reunião espírita para ver as comunicações mediúnicas.
Duas opções apareciam: ou
na casa de Dona Hilda Matos, na rua Jansen Muller, ou na rua dos afogados, onde funcionava a casa
espírita do Sr. Waldimiro Reis.
O catecismo do padre era pela manhã e as
reuniões espíritas eram no fim da tarde ou comecinho da noite. Era tudo num ambiente de muito respeito, com
os componentes da mesa vestidos de branco. As reuniões eram públicas.
Hoje, nem todas as casas espíritas brasileiras (e nem são
mais chamadas de casas) fazem as reuniões mediúnicas e as que ainda arriscam
fazer, as praticam de porteira fechada: é uma turma de meia dúzia de pessoas
escolhidas a dedo; e fora dessas escolhidas ninguém tenta entrar, tudo feito em obediência às normas
estabelecidas pelas federações..., seguindo uma Política Doutrinária Nacional.
Não sei se os idealizadores da PDN (política doutrinária
nacional) combinaram essas normas com os espíritos; mas eu, aqui comigo, acho
que não!
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