Nesta terça-feira (29), o presidente do Senado, Renan
Calheiros (PMDB-AL), recebeu os presidentes da Federação das Indústrias do
Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, e da Federação das Indústrias do
Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, que
manifestaram preocupação em relação a possíveis aumentos de impostos.
“É necessário que o governo faça um ajuste reduzindo gastos,
despesas, desperdícios e não aumentando mais, sobre as costas da sociedade, os
impostos que já são muito elevados”, argumentou Skaf.
Para Eduardo Vieira, o Senado tem a responsabilidade de
apresentar um caminho para o Brasil, “na medida que o Executivo não está
oferecendo esse direcionamento” para retomar o equilíbrio da economia. “Se o
Executivo não traz ao Congresso as reformas estruturantes que nós precisamos,
cabe ao Congresso oferecer isso à sociedade”, defendeu Vieira.
Os presidentes da Fiesp e da Firjan criticaram o corte
sugerido pelo Executivo no Sistema S, que abrange 9 organizações, entre elas
SESI e Senai. Segundo Vieira, no Rio de Janeiro, um milhão de pessoas dependem
do serviço SESI/Senai. Tanto ele quanto Skaf elogiaram o trabalho das escolas
na formação profissional. “Não se deve tirar dinheiro de onde funciona bem para
pôr na mão, ou para tapar buraco do governo”, lamentou Paulo Skaf.
A proposta da equipe econômica é redirecionar 30% do que é
recolhido para o Sistema S para a Previdência. Além disso, o valor destinado ao
Sistema S que pode ser deduzido do imposto de renda também deve ser reduzido.
“O empresariado tá muito zangado com isso e muito mais”, qualificou o
presidente da Fiesp ao citar ainda o aumento do desemprego e da inadimplência,
além da falta de crescimento, que marcam a crise econômica do país.
Reforma Política
Questionado sobre o financiamento privado de campanhas, que
volta à pauta do Senado com a apreciação da Proposta de Emenda à Constituição
(PEC) 113/2015, que trata da Reforma Política, Paulo Skaf disse que “o grande
segredo é que as campanhas políticas têm que reduzir de custo.”
O presidente da Fiesp é a favor do financiamento privado
dentro de regras, limites e critérios. “Mesmo mais baratas, há necessidade de
ter doação, doadores de campanha, com transparência, dentro dos parâmetros
legais e corretos”, concluiu.
Da Agência Senado
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