quinta-feira, 28 de julho de 2016

DIÁRIO DO HÉLCIO

(28/07/2016)


UMA QUINTA FLORIDA...


Amanhece o dia nesta quinta florida de bons aromas. Abrem-se as cortinas para o sol entrar livre, com seus raios de luz.
Puxo o banco, sento-me à mesa e abro o velho computador, antes mesmo do café. Lembro-me dos três últimos prefeitos de São Luís – Tadeu, Castelo e Edivaldo Junior!... Que fizeram eles de bom pela cidade?
A máquina cansada da minha cabeça entra em pânico, agita-se, tenta relembrar de alguma coisa boa feita pelos citados, mesmo uma coisa simples, e nada encontra... Só relembra rascunho de muitas promessas...

VAGUEIA TUDO EM MIM...


Sinto-me voar, levitar e sair por aí..., como aquele poeta que voa sem pensar e nem pensa pra voar!...
Do alto, vejo minha pátria roubada. Roubaram o Brasil. Criaram a propina e enriqueceram com o dinheiro sujo, construindo grandes fortunas que as deixaram (ou deixarão) aos herdeiros.
Dinheiro roubado é dinheiro sujo... E os herdeiros vão esbanjar na nossa cara... Sim, na nossa cara!..., enquanto uma massa de povo pobre sofre as agonias das dificuldades..., e muitos, sem salário, a agonia da fome...

PARO NA ESQUINA...


Paro na esquina, quando volto do vagueio! Releio o artigo de Dom José Alberto Moura, arcebispo metropolitano de Montes Claros - Falsas seguranças - das heranças que formam riqueza.
Ontem publiquei artigo citado no meu blog.

LEMBRANDO ECLESIASTES...


E só para quem não leu o artigo, relembro o primeiro texto, quando Dom José escreve sobre a má herança. Vejam:
- Diz o livro do Eclesiastes: “Tudo é vaidade... um homem que trabalhou com inteligência, competência e sucesso vê-se obrigado a deixar tudo em herança a outro que em nada colaborou” (Eclesiastes 1,2.21). O que diríamos mais ainda de quem rouba, aproveitando-se de cargos públicos, acumula fortunas em imóveis, jóias, dinheiro até em bancos de outros países! Muitos não pensam que vão morrer. No mínimo, quem tem altivez de caráter, gostaria de ser lembrado como gente do bem, de ética, de moral, de honestidade e de trabalho intenso pelo bem comum, sem lesar o público, principalmente o mais carente. Até os herdeiros de fortuna e qualquer dinheiro desonesto deveriam ter a grandeza moral de restituir o que sabe desse legado podre. A justiça deveria fazer o sequestro do dinheiro roubado. -

MUITOS HÁ...


Caminho agora sem voar, pela minha velha cidade. Bato com as duas mãos abertas na minha cabeça..., e ela se agita..., e me faz lembrar que muitos, nesta cidade, enriqueceram com a má herança!

E O POVO...


E o povo da minha cidade cada vez mais pobre... Aqui, neste ponto de divisão das águas do atlântico, entre duas baias – as mais belas que já vi – testemunho que os pobres ficam mais pobres e os ricos mais ricos... E vejo até as rochas que ficam mais ricas; e os pobres como poeiras miúdas que não crescem... Injustiças sociais! Contradições sociais!...

A ESCADA DO SUCESSO...


Aqui, nesta Ilha Grande, onde Japiaçu já reinou e permitiu que em 1612 fosse rezada a primeira missa e erguida uma cruz, muitos enriqueceram e fizeram fortunas usando o trabalho de gerações de muitos pobres que serviam de escadas para os donos do poder... Ah!... Quanto sofrimento na época da escravidão! A história relata fatos doloridos...

VOU PARANDO...


Sinto um apertado na mente..., ou na semente da mente onde nascem as ideias!... Lembro até de fatos recentes de um povo sofrido... E vejo, também, a natureza chorar, nossos rios morrendo, nossas praias gemendo... E até hoje, sou testemunha, de uma cidade em que a administração pública não tem um Plano Municipal de Saneamento Básico... E a cidade geme / a cidade chora / a cidade grita!... Poluição..., falta de trato com a cidade!...
E a cidade, sequer, tem um Plano Municipal de Saneamento Básico... Se tem, ninguém sabe, ninguém viu!...



...E vou ficando por aqui, neste curto DIÁRIO de hoje...
Até amanhã.

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