UMA QUINTA FLORIDA...
Amanhece o dia nesta quinta florida de bons aromas. Abrem-se as cortinas para o sol entrar livre, com seus raios de luz.
Puxo o banco, sento-me à mesa e abro o velho computador,
antes mesmo do café. Lembro-me dos três últimos prefeitos de São Luís – Tadeu,
Castelo e Edivaldo Junior!... Que fizeram eles de bom pela cidade?
A máquina cansada da minha cabeça entra em pânico,
agita-se, tenta relembrar de alguma coisa boa feita pelos citados, mesmo uma
coisa simples, e nada encontra... Só relembra rascunho de muitas promessas...
VAGUEIA TUDO EM MIM...
Sinto-me voar, levitar e sair por aí..., como aquele
poeta que voa sem pensar e nem pensa pra voar!...
Do alto, vejo minha pátria roubada. Roubaram o Brasil. Criaram
a propina e enriqueceram com o dinheiro sujo, construindo grandes fortunas que
as deixaram (ou deixarão) aos herdeiros.
Dinheiro roubado é dinheiro sujo... E os herdeiros vão
esbanjar na nossa cara... Sim, na nossa cara!..., enquanto uma massa de povo
pobre sofre as agonias das dificuldades..., e muitos, sem salário, a agonia da
fome...
PARO NA ESQUINA...
Paro na esquina, quando volto do vagueio! Releio o artigo
de Dom José Alberto Moura, arcebispo metropolitano de Montes Claros - Falsas
seguranças - das heranças que formam riqueza.
Ontem publiquei artigo citado no meu blog.
LEMBRANDO ECLESIASTES...
E só para quem não leu o artigo, relembro o primeiro
texto, quando Dom José escreve sobre a má herança. Vejam:
- Diz o livro do Eclesiastes: “Tudo é vaidade... um homem
que trabalhou com inteligência, competência e sucesso vê-se obrigado a deixar
tudo em herança a outro que em nada colaborou” (Eclesiastes 1,2.21). O que
diríamos mais ainda de quem rouba, aproveitando-se de cargos públicos, acumula
fortunas em imóveis, jóias, dinheiro até em bancos de outros países! Muitos não
pensam que vão morrer. No mínimo, quem tem altivez de caráter, gostaria de ser
lembrado como gente do bem, de ética, de moral, de honestidade e de trabalho
intenso pelo bem comum, sem lesar o público, principalmente o mais carente. Até
os herdeiros de fortuna e qualquer dinheiro desonesto deveriam ter a grandeza moral
de restituir o que sabe desse legado podre. A justiça deveria fazer o sequestro
do dinheiro roubado. -
MUITOS HÁ...
Caminho agora sem voar, pela minha velha cidade. Bato com
as duas mãos abertas na minha cabeça..., e ela se agita..., e me faz lembrar
que muitos, nesta cidade, enriqueceram com a má herança!
E O POVO...
E o povo da minha cidade cada vez mais pobre... Aqui,
neste ponto de divisão das águas do atlântico, entre duas baias – as mais belas
que já vi – testemunho que os pobres ficam mais pobres e os ricos mais
ricos... E vejo até as rochas que ficam mais ricas; e os pobres como poeiras miúdas que
não crescem... Injustiças sociais! Contradições sociais!...
A ESCADA DO SUCESSO...
Aqui, nesta Ilha Grande, onde Japiaçu já reinou e
permitiu que em 1612 fosse rezada a primeira missa e erguida uma cruz, muitos
enriqueceram e fizeram fortunas usando o trabalho de gerações de muitos pobres
que serviam de escadas para os donos do poder... Ah!... Quanto sofrimento na
época da escravidão! A história relata fatos doloridos...
VOU PARANDO...
Sinto um apertado na mente..., ou na semente da mente onde
nascem as ideias!... Lembro até de fatos recentes de um povo sofrido... E vejo,
também, a natureza chorar, nossos rios morrendo, nossas praias gemendo... E até
hoje, sou testemunha, de uma cidade em que a administração pública não tem um
Plano Municipal de Saneamento Básico... E a cidade geme / a cidade chora / a
cidade grita!... Poluição..., falta de trato com a cidade!...
E a cidade, sequer, tem um Plano Municipal de Saneamento
Básico... Se tem, ninguém sabe, ninguém viu!...
...E vou ficando por aqui, neste curto DIÁRIO de hoje...
Até amanhã.
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