“O buraco é muito maior do que se imagina na medida em que o atual governo toma pé da situação da economia brasileira e da administração pública, que revela o descalabro deixado pelo governo do PT”, afirmou.
Para Jardim, um dos piores legados deixado pela gestão
petista foi o desemprego. “O número de 12 milhões de trabalhadores
desempregados no Brasil é um símbolo disso, além é claro do enorme desarranjo
deixado no setor produtivo”, ressaltou.
Ele também não poupa críticas à política de subsídios da
gestão petista no BNDES, que consumiu mais de R$ 300 bilhões dos cofres
públicos neste período. Segundo Jardim, o banco fomentou atividades que não
tiveram “nenhum efeito virtuoso do ponto de vista econômico”.
“Tivemos benefícios concedidos localizadamente aqui e
acolá, sem que isso correspondesse a uma visão organizada de retomada da
atividade econômica”, resumiu Jardim, ao defender apoio do PPS ao governo
interino.
“O governo Michel Temer precisa ser apoiado por nós e
está sendo, mas ele terá o dever no pós-impeachment de apresentar um
planejamento mais consistente para a economia e a gestão pública”, cobrou o
dirigente.
Ao apontar “momentos de incoerência” do atual governo, principalmente
por concessões feitas na negociação das dívidas dos estados, Jardim acredita
que depois da consolidação do impeachment Temer “vai agir com austeridade
fiscal e equilíbrio” para a retomada da economia, e com a “firmeza necessária”
para a execução de reformas estruturais “indispensáveis para que o País tenha
um novo momento”.
Já do ponto de vista político, Arnaldo Jardim disse que o
presidente interino deve “explicitamente e formalmente” dizer que não será
candidato em 2018. “Esse posicionamento lhe dará mais autoridade e
tranquilidade para promover as reformas e ter o apoio necessário para que isso
efetivamente ocorra”, analisou.
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