Poesia é arte!
É uma arte que vem da alma..,
Vive na alma...
E não morre...
São 11 da manhã de hoje – “d’agora” – deste domingo!... Navego nas linhas poéticas de Lucinda... Um
poema que ela acaba de escrever...
E eu - navegador de mares poéticos - levo a você o Poema “EU” da Lucinda.... Poema! Poema da Alma!...
Paro no tempo... E leio o que Lucinda diz em seu poema de hoje:
"Vivo cada momento solta ao vento, / ás intempéries do tempo / das agitações do outro ou mesmo / da calmaria...
Leia toda a poesia clicando em leia mais, para apreciar este poema de Raimunda Lucinda Martins:
EU
Ah, quem eu sou?
Cheguei a triste e alegre conclusão:
eu sou totalmente desequilibrada,
não sei mais quem eu sou
ou não sou
Vivo cada momento solta ao vento,
ás intempéries do tempo
das agitações do outro ou mesmo
da calmaria
Sou navegante sem rumo,
sem saber o caminho certo
ou mesmo errado,
sou agora a síntese de um destino
que tento reescrever
Sou maresia lenta, chegando,
mas que de repente, por uma onda
mais afoita, se transforma em tempestade
Sou de vez em quando uma alma quieta,
que observa o que lhe adentra pelos olhos,
pelos ouvidos, pelo tato,
pelo simples fato de não pensar, de não querer
pensar.
Mas vez por outra há uma revolta do meu ser,
não me conformo e reclamo, grito,
Contudo nem sempre meu desespero é ouvido
por quem deveria ouvir,
o meu sentir fica parado no barulho de um silencio,
de uma lágrima a rolar...
Eu, ah quem eu sou?
Duvido que mesmo até o final da vida,
eu saiba me definir.
A loucura e a maturidade
em mim convivem
e eu fico a mercê de um tempo
que se faz silente mas vem a tona
sem prestar atenção se é tempo de
sol ou de chuva
e eu vivo a me surpreender
Não consigo descrever-me
e imagino que nem você.
(07/08/2016)
Raimunda Lucinda Martins
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