*Marcus de Mario
EM DEFESA DA VIDA
Estamos tão ligados ao aqui e agora, vivendo o hoje, que
raras vezes pensamos no futuro, nosso e da humanidade. Quando muito planejamos
a vida para daqui a alguns meses ou para as próximas férias anuais, mesmo assim
é um olhar para frente materialista, ligado a questões como programar uma
viagem, o rendimento do dinheiro guardado na poupança, a compra da casa
própria, o tempo de estudos até o encerramento da universidade e assim por
diante. Claro que tudo isso tem sua importância e deve ter seus cuidados, mas
será o essencial?
Vivemos dias de muitas tormentas: crise hidrológica com a
falta de água, clima com temperatura em elevação, desmatamento de florestas,
altos índices de corrupção, violência no seio da sociedade e tantas outras
coisas que precisam de nossa atenção, pois referem-se ao nosso futuro e o das
próximas gerações. E com um agravante: a reencarnação, pois uma próxima geração
pode ser composta por nós mesmos. Será que estamos dispostos a enfrentar numa
próxima encarnação a falta de água, a desestruturação familiar, a injustiça
social, as guerras civis, a fome e a miséria?
Não podemos ficar impassíveis diante do noticiário da
televisão ou de outras mídias. Você sabia que temos 880 milhões de pessoas em
todo o mundo morando em favelas sem nenhum tipo de saneamento básico? E que o
esgoto desses centros urbanos contamina o solo, o lençol freático e os rios?
Você sabia que surtos de doenças são cíclicos por causa da falta de higiene e
da contaminação da água? Precisamos nos movimentar para mobilizar a sociedade a
benefício dela mesma, e para auxiliar o nosso planeta, dádiva divina, a não
morrer antes do tempo.
Não fique aí parado diante da tevê ou do computador, ou
das redes sociais, achando que a culpa é dos governos e dos outros. Todos temos
parte em tudo o que está acontecendo, de bom e de ruim, por isso não podemos
ficar acomodados fazendo somente o nosso dia a dia, como se os outros e o mundo
não existissem.
Como espíritas compete-nos colocar em prática o “amai-vos
uns aos outros” através de ações de solidariedade e fraternidade, começando
pela rua onde moramos, abrangendo a comunidade local e até a cidade e outros
locais, graças à internet, trabalhando hoje para um amanhã melhor.
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