Policiais federais cumprem nesta manhã 32 mandados
judiciais.
Duas operações ocorrem em cinco cidades.
Do G1 MA
PF realiza operação contra desvios de verbas da saúde
(Foto: Divulgação/PF-MA)
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A Polícia Federal (PF) e a Controladoria Geral da União
(CGU) deram início na manhã desta quinta-feira (6) à segunda e à terceira fase
da Operação Sermão aos Peixes, que investiga o desvio de verbas da saúde.
Policiais federais, com apoio da CGU, cumprem nesta manhã 32 mandados judiciais
– sendo três de prisão preventiva, 12 de condução coercitiva e 17 de busca e
apreensão – e bloqueio judicial de bens a apreensão e sequestro de uma
aeronave, em São Luís e Imperatriz, no Maranhão; Araguaína, Palmas , no
Tocantins; e Arenópolis, em Goiás.
Aeronave esteve entre apreensões efetuadas pela PF (Foto:
Divulgação/PF-MA)
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Na segunda fase, denominada de Operação Abscôndito, as
investigações identificaram que o grupo criminoso agiu no sentido de destruir e
ocultar provas, incluindo a venda suspeita de uma aeronave objeto de decisão
judicial, após o possível vazamento da Operação Sermão aos Peixe, em novembro
de 2015.
A outra fase da operação, batizada de Voadores, apurou o
desvio de cerca de R$ 36 milhões através do desconto de cheques e posterior
depósito nas contas de pessoas físicas e jurídicas vinculadas aos envolvidos,
incluindo o saque de contas de hospitais.
Os investigados serão indiciados pelos crimes de embaraço
à investigação de infração penal que envolva organização criminosa, de peculato
e de lavagem de capitais.
Operações
A operação que apura o embaraço à investigação foi
denominada Abscôndito, que significa ‘escondido’, em alusão à ocultação e
destruição de provas.
Já a operação Voadores se refere à técnica empregada de
desviar recursos públicos por meio de cheques.
Relembre o caso
Na Operação Sermão aos Peixe, realizada em novembro de
2015, a PF conseguiu prender oito dos 13 suspeitos pelos desvios de verbas da
saúde pública no Maranhão, realizada em cidades do Estado do Maranhão,
Pernambuco, Tocantins e Goiás.
À época, a PF afirmou que os desvios da Saúde no Maranhão
chegam a R$ 1,2 bilhão, no período de 2010 a 2013. O nome da operação foi
alusivo ao sermão do Padre Antônio Vieira que, em 1.654, falou sobre como a
terra estava corrupta, censurando seus colonos com severidade.
Entre os mandados de condução coercitiva, esteve o do
ex-secretário de Saúde do Maranhão, Ricardo Murad. Segundo a PF, o
ex-secretário teria se utilizado do modelo de terceirização da gestão da saúde
pública estadual. Ao passar a atividade para entes privados – seja em forma de
Organização Social (OS) ou Organização de Sociedade Civil de Interesse Público
(Oscip) – ele teria fugido dos controles da Lei de Licitação, empregando
profissionais sem concurso público e contratando empresas sem licitação.
Em nota, o ex-secretário Ricardo Murad negou as
informações sobre desvios bilionários durante sua gestão no órgão.
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