Carlos Chagas
O Pato Donald e o Tio Patinhas assumirão juntos a
presidência dos Estados Unidos? Um estrilando e vociferando contra o mundo,
outro empenhado em fazer de cada cidadão americano um bilionário associado à
característica de só ganhar dinheiro. Essa união dificilmente deixará de dar
errado, mas foi o resultado das eleições presidenciais nos Estados Unidos.
Indaga-se das consequências na América Latina e, em
especial, no Brasil. O muro prometido na fronteira com o México não isolará
apenas esse país, mas deixará em situação de crise tudo o que existir de lá até
a Terra do Fogo.
Vivermos sem a presença dos Estados Unidos será
impossível, ainda que a convivência com o egoísmo enunciado pelos irmãos do
Norte possa resultar em nossa carta de emancipação. E na necessidade de
seguirmos apoiados em nossas próprias forças.
O pior nesses novos tempos não seria a suspensão de
eventuais benesses americanas em nosso favor. Na balança do deve e do haver
temos recebido muito mais promessas e enganações. Só que agora, salvo engano,
receberemos mais cobranças. Voltará a chantagem de que a Amazônia é o pulmão do mundo, pertence ao
planeta inteiro e deve ser internacionalizada? Ou de que precisamos pagar
primeiro para depois auferirmos o lucro de nossos investimentos? Criar empregos
nos Estados Unidos prevalecerá sobre a importância de reduzir os doze milhões
de desempregados em nosso território?
Vem por aí, pelos braços do novo presidente americano,
tempos ainda mais amargos de relacionamento com Washington. Depois da Doutrina
Monroe vem por aí a Doutrina Trump. Teremos que pagar também uma parte das
despesas com o muro?
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