“Qualquer semelhança é mera coincidência”...
Vixe Maria!... Oxente!... Oxalá São Luís!... O Santo das
eleições limpas!...
E eu li, nesta manhã, envolvendo o município de Saudade
do Iguaçu, lá no Paraná, e pensei que estava cá, nas matas de Upaon-Açu...
Abri a página de Saudade de Iguaçu e li tudo. Coloco
abaixo o texto e vamos saber se nós - os upaon-açuenses – lembramos alguma
coisa... Vejam a notícia abaixo:
Prefeito reeleito no Paraná é investigado por compra de
votos
O Ministério Público Eleitoral (MPE) deflagrou nesta
terça-feira (8) a Operação Amianto, que investiga o crime de compra de votos e
associação criminosa no município de Saudade do Iguaçu, no sudoeste do Paraná.
Estão sendo cumpridos 21 mandados de busca e apreensão na
casa dos investigados, na sede da prefeitura e na Câmara de Vereadores de
Saudade do Iguaçu, além de oito mandados de condução coercitiva de eleitores
possivelmente beneficiados com o esquema criminoso.
Há, ainda, onze pedidos de prisão pendentes de apreciação
pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE/PR).
São alvos da operação o prefeito reeeleito de Saudade do
Iguaçu, Mauro César Cenci, a secretária de Assistência Social do Município,
Salete Rizzatti Trento, o diretor de Urbanismo, Jucilmar Marangon, os
vereadores Sueli Civa Bochio (Neca), Setembrino Nath (Bino), Josemar Antonio
Cemin, Eguinaldo Paulo Piaia e Neidelar Vicente Bocalon (Nei), os ex-candidatos
ao cargo de vereador Idiomas da Silva Perico (Edi Perico) e João Rodolfo da
Costa, e os servidores municipais Fabiane Gricoletto Martimianos (Fabi) e Idacir
José Bochio.
Os eleitores beneficiados, que ainda estão sendo
identificados, também serão investigados pelo crime de corrupção eleitoral
ativa.
Investigação
Os trabalhos de apuração apontam que os investigados se
utilizavam de programas sociais instituídos no município para obter votos para
o prefeito reeleito e vereadores. Quem votasse nos candidatos recebia
benefícios ou promessas de benefícios.
Após a eleição, alguns dos investigados, em represália
aos que não votaram no grupo político, cortaram benefícios assistenciais como
cestas básicas.
Por meio das interceptações telefônicas verificou-se
ainda que, entre os benefícios oferecidos e distribuídos, estavam entregas de
materiais de construção, como telhas e cimento. Além disso, reformas nas casas
de eleitores do município, especialmente nos bairros Harmonia, Nova Vida e
Loteamento Mendes, além da comunidade de Linha Urutu, eram realizadas em troca
de votos ao candidato a prefeito e aos vereadores nas eleições municipais deste
ano.
“O que se vê atualmente nada mais é do que um coronelismo
vigente em pleno século XXI. Foi modernizado, aparelhado por novos expedientes
escusos, mas mantendo a sua essência de abuso de poder, subjugação da liberdade
de voto e maculação da lisura do pleito, bem como o mesmo nefasto resultado: o
esfacelamento da ética na politica e, consequentemente, a erosão da própria
democracia”, afirma o procurador Regional Eleitoral, Alessandro José Fernandes
de Oliveira.
De acordo com o procurador, estão sendo apurados os
crimes de associação criminosa (art. 288 do Código Penal) e corrupção
eleitoral. Previsto no artigo 299 do Código Eleitoral, a corrupção eleitoral ou
compra de votos consiste em “dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber,
para si ou para outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem, para
obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção, ainda que a oferta
não seja aceita”. Segundo ele, “não estão sendo apurados ainda a conduta de
caixa dois, pois infelizmente não há um crime específico na legislação
eleitoral”, ressaltou o procurador.
A ação acontece por meio da Procuradoria Regional
Eleitoral no Paraná (PRE/PR), com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate
ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público Estadual (MP-PR).
O nome da operação deriva da matéria-prima utilizada na
produção de telhas que eram oferecidas aos eleitores como um dos benefícios
pela compra de votos.
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