E ele põe a mão no peito... E jura que é inocente! O
juramento é dele, que “ki” eu tenho com isso?...
E fico cá pensando com os meus botões. Quantos processos
ele responde?... E diz: só sou
investigado por “ouvir dizer”... Acho que ele pensa que acha que não tem cara de réu!...
Esse Renan pensa que o Brasil acredita nele... E até divulga nota oficial...
E agora, logo cedo, vejo a matéria no UOL, na coluna do Josias.
- O presidente do Senado, Renan Calheiros, mandou divulgar
uma nota para tranquilizar os brasileiros. No texto, guiando-se por
autocritério, o senador assegura que é um político probo. Por isso, não tem
nada a ver com ele o julgamento inconcluso em que a maioria dos ministros do
Supremo Tribunal Federal já se manifestou a favor do banimento de réus dos
cargos situados na linha de sucessão da Presidência da República.
Veiculado no site do Senado na noite desta quinta-feira
(3), o documento anota que Renan “não é réu em qualquer processo judicial e,
portanto, não está afetado pela manifestação dos ministros do Supremo Tribunal
Federal, ainda inconclusa.”
Encontra-se sobre a mesa da ministra Cármen Lúcia,
presidente do Supremo, a denúncia da Procuradoria da República em que Renan é
acusado de pagar com propinas da empreiteira Mendes Júnior as despesas de uma
filha que teve fora do casamento. O caso é de 2007. Está pronto para ser
julgado há três anos e oito meses. Decerto a Suprema Corte se abstém de
realizar o julgamento para não desperdiçar tempo com um inocente que não tem
cara de réu.
Alvo de 12 processos, oito dois quais relativos à Lava
Jato, Renan reconhece na nota que “responde a inquéritos”. Mas reitera,
estalando de pureza moral: “Todos são por ouvir dizer ou interpretações de
delatores.”
Chama-se Sérgio Machado um dos delatores cujas futricas
foram mal interpretados. Apadrinhado por Renan, passou 12 anos na presidência
de uma subsidiária da Petrobras, a Transpetro. Disse em depoimentos que desviou
R$ 100 milhões para pajés do PMDB. Calculou a fatia de Renan em R$ 32 milhões.
Até aqui, todos os delatores da Petrobras conduziram os
investigadores a provas que fizeram da jurisdição do doutor Sérgio Moro uma
histórica usina de condenações. Nada a ver, naturalmente, com Sérgio Machado,
que estava na Transpetro graças ao patriotismo que levou Renan a indicá-lo a
Lula.
Premonitório, o presidente do Senado realça na nota que
“todos os processos serão arquivados por absoluta ausência de provas…” Até lá,
Renan certamente estará pronto a desfrutar do gozo de pequenas provações e a
sofrer na própria pele as insuportáveis vantagens que Brasília costuma lhe
impor. Alguém precisa fazer aos brasileiros o favor de se sacrificar pelo país.-
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