Brasília – Engana-se quem pensa que a operação da Polícia Federal contra Eike Batista passou em branco pelos políticos de Brasília. A preocupação é generalizada, já que o empresário sempre teve boa interlocução com vários grupos políticos.
O que preocupa? Segundo parlamentares, a apreensão do
meio político é que “se for apertado, Eike decida falar tudo o que sabe e
delate muita gente”.
O empresário construiu relações com vários personagens do
meio político, como o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB),
enquanto protagonizava uma ascensão meteórica no mercado financeiro no início
dos anos 2000.
Vale lembrar que Eike sempre foi próximo ao governo do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele fazia parte do grupo de
“empresários amigos” do petista.
Em 2016, o empresário fez um depoimento no qual revelou
que o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega teria lhe pedido, em 2012, R$ 5
milhões para ajudar no pagamento de despesas de campanhas do PT.
À época, Eike afirmou que teria feito doações esporádicas
ao PSDB durante as eleições de 2006.
Um novo depoimento do empresário poderia trazer à tona
novas informações sobre as relações que ele mantinha com PT, PSDB e também com
nomes do PMDB do Rio de Janeiro.
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