Por João Batista Azevedo (Interino)
A primeira fase da Operação Lava Jato foi deflagrada em
março de 2014. Passados três anos, as denúncias se acumulam, mas nenhum
político com foro privilegiado foi condenado no Supremo Tribunal Federal (STF).
Apenas quatro viraram réus.
Na tentativa de afastar críticas de intervenção na
operação, o presidente Michel Temer prometeu, na segunda-feira, que afastará
definitivamente ministros do seu governo que venham a ser processados dentro da
Lava Jato - mas como os números mostram, pode demorar muito para que isso
eventualmente ocorra.
Em contraste, o juiz Sergio Moro já condenou 87 pessoas,
algumas mais de uma vez, por diferentes crimes, totalizando 125 sentenças.
Entre eles estão políticos sem mandato e que, portanto, perderam o foro, como o
ex-ministro José Dirceu (PT) e o senador Gim Argello (ex-PTB).
A grande diferença de ritmo das duas instâncias do
Judiciário causa controvérsia. De um lado, há quem veja na suposta lentidão do
Supremo uma janela aberta para a impunidade. De outro, críticos do trabalho de
Moro acreditam que o juiz estaria atropelando as garantias dos acusados ao
acelerar os processos.As críticas ao Juiz Sergio Moro
Enquanto o STF tem que julgar os mais diferentes
assuntos, Sergio Moro se dedica exclusivamente à Lava Jato. Desde fevereiro de
2015, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) suspendeu a distribuição
de outros casos para sua vara. Moro recebe apenas processo ligados à Lava Jato.
Se por um lado essa exclusividade contribui para dar mais
celeridade aos processos, por outro gera críticas. "Virou uma vara
totalmente da Lava Jato, o que é incomum", observa o advogado Gustavo
Badaró, professor de direito processual penal da USP.
Já a subprocuradora Ela Wiecko considera que Moro adota
uma postura de "combate ao crime" que não é correta para um juiz, que
"deve olhar os dois lados".
Na sua opinião, Moro "pesa a mão" aos fazer
interpretações "muito amplas" do que são organizações criminosas ou
ações de obstrução da Justiça. É comum que ele mantenha executivos e políticos
presos por longos períodos mesmo sem terem sido condenados sob a justificativa
de que podem atrapalhar investigações.
Na semana passada, o ministro do STF Gilmar Mendes
criticou Moro. "Temos um encontro marcado com as alongadas prisões que se
determinam em Curitiba. Temos que nos posicionar sobre esse tema, que conflita
com a jurisprudência que construímos ao longo desses anos", afirmou.
Ao longo de 37 fases da Lava Jato, Moro decretou 79
prisões preventivas. Atualmente, 22 ainda estão presos nessa modalidade, entre
eles Cunha, o ex-ministro Antônio Palocci e o ex-governador do Rio Sergio
Cabral.
Temer mira em direção à Lava Jato
A revista Carta capital publicou em sua edição do dia
15/02 alguns atos pensados pelo Presidente Michel Temer que miram sutilmente a
explosão da maior operação que investiga a corrupção no meio político da
república brasileira. Isto não deve parecer surpresa, uma vez que em gravação
do ex-diretor da Transpetro (subsidiária da Petrobrás), Sérgio Machado, com o
senador Romero Jucá (PMDB/RR), líder do governo no senado, já fora revelado este
propósito.
Vajamos os atos que visam, segundo a Carta Capital, a
estancar a sangria que faz a Lava Jato no meio político, sobretudo ao que estar
no poder: 1) Eunício na Presidência do Senado; 2) Maia na Presidência da
Câmara; 3) Moreira Franco no Ministério; 4) Alexandre de Moraes no STF; 5)
Lobão na CCJ; 6) Gilmar Mendes critica o juiz Sergio Moro; 7) Tentativa de
amparo a Eduardo Cunha; 8) A composição da CCJ/Senado constituída por dez
investigados na Lava Jato; além de outros como “o silencio das ruas” e a defesa
das medidas patrocinadas pelo governo de Temer, pelo MBL (Movimento Brasil
Livre), ligado ao governo Temer; a possível substituição do Diretor da Polícia
Federal Leandro Daiello e a mais recente e hilária, a de que o Presidente
afastará qualquer ministro do seu governo que for denunciado na operação Lava
Jato, quando prova exatamente o contrário, assim que nomeia Moreira Franco para
Ministro. Não menos estranho foi a liminar do ministro do STF validando esta
nomeação.
Tábua de pirulito
É nisto que tem se transformado as estradas maranhense
com as primeiras chuvas deste ano, em especial a MA-014, que atravessa a
Baixada Maranhense, dado ao aparecimento de incontáveis buracos, os quais vêm
gerando inúmeras reclamações daqueles que fazem uso dessa importante via de
acesso. O trecho entre Vitória do Mearim e Viana tende a ficar mais crítico.
Nos outros trechos até a cidade Pinheiro, também começam a aparecer trechos que
logo se tornarão intransitáveis, se não houver uma intervenção da SINFRA, na
manutenção de toda a rodovia.
Outro pontos de outras rodovias que cortam o Estado
também já apresentam os efeitos das fortes chuvas. Um deles é entre a cidade de
Miranda e Arari, no povoado denominado Bubasa, onde a BR está em vias de se
romper pela força dá agua que atravessa um bueiro ali existente.
Tempo de Chuva
Se por um lado as grandes chuvas que caem sobre o
Maranhão, em especial na região da Baixada Maranhense, provocam danos às
malfeitas e conservadas estradas estaduais, o mesmo não se pode dizer das mesmas
chuvas que enchem os campos, fazendo a alegria dos criadores e moradores das
áreas campesinas e dos lavradores. Para estes as chuvas são motivos de alegria
e a certeza de uma produção de muita fartura. Em São João Batista, moradores já
dizem ser este, um dos mais chuvosos meses de fevereiro, dos últimos tempos. É
como dizem os baixadeiros: “Louvado seja! Deixa chover!”
O carnaval e a crise
No próximo final de semana já é carnaval. A maior festa
popular do mundo acontecerá nos dias 25, 26, 27 e 28 do corrente mês. Muitas
prefeituras não realizarão seus carnavais, alegando não ter condições para
gastos demasiados, outras optaram por fazer uma carnaval mais comedido de
atrações, sem muitos gastos. Tudo por conta da crise financeira que assola os
cofres municipais. A medida é cautelar e correta. Afinal não é e não deve ser
prioridade para qualquer gestão fazer festas, mas sim cuidar da saúde, da
educação, da infraestrutura e das políticas públicas que trazem dias melhores à
população. No mais, entendemos que o carnaval é antes uma festa que é feita
pelo povo e para o povo. O que basta é a alegria da gente. Como diz um amigo
meu, “se for pra brincar, dançar, no carnaval, até rangido de porta serve”. Bom
carnaval a todos, com crise ou sem crise!
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