sexta-feira, 3 de março de 2017

ESQUECIDO DE DEUS


Crônica do amanhecer

Hélcio Silva

(03 / 03 / 2017)

Não sabemos o porquê de tanta violência!... Ou sabemos e calamos!

Ela está nas ruas, nas esquinas e nas praças. Muitas vezes aparece no Lar que deveria ser o sagrado recanto da Paz e do Amor...

É a violência no ódio dos olhos, das palavras, na bala perdida, no punhal assassino... É tudo muito cruel.

Por vezes - digamos até que em muitos casos - ela começa com um pequeno fuxico, intriga que cresce com a inveja, uma disputa pelo poder, por ciúmes...

A violência é ausência da Paz... Em alguns casos, ela vem também movida pela ambição.

Domingo de Carnaval - dia 26 - publiquei, no meu blog, um artigo de Dom José Alberto Moura, Arcebispo Metropolitano de Montes Claros, com o título “Esquecimento de Deus”...

Em seu artigo, Dom José começa assim: “Com o sofrimento e os problemas humanos muitas vezes vem a decepção e o desabafo diante de Deus, como se Ele tivesse esquecido de nós e nos tenha abandonado”...

...Releio o artigo de Dom José e pergunto: Há realmente um esquecimento de Deus? O povo esqueceu Deus? Os homens esqueceram Deus? As mulheres esqueceram Deus?

...Recordo a vida do interior e me vem a lembrança do cântico de Padre zezinho (De Lá do Interior), com ele cantando:

“Eu vim de lá / Do interior / Onde a religião / Ainda é importante // Lá se alguém passa / Em frente da matriz / Se benze e pensa em Deus / E não sente vergonha de ter fé...”

E hoje, poucos carregam a fé; muitos já nem a tem!... Parece realmente um esquecimento de Deus...

Nesta sexta, abri as páginas da Veja na internet e vi o título:

“Assassinato brutal de três irmãs choca cidade no interior de SC”

Diz a matéria em seu primeiro palco:

“Um crime cometido na segunda-feira chocou a população de Cunha Porã, tranquila cidade de 11 mil habitantes no Extremo Oeste de Santa Catarina: três irmãs, com idades entre 12 e 23 anos, foram brutalmente assassinadas a facadas dentro da casa onde a irmã mais velha, Julyane Horbach, vivia com o marido, Gilvane Meyer.
O principal suspeito do triplo assassinato é Jackson Lahr, 24 anos, ex-namorado de uma das irmãs, Rafaela Horbach, 15 anos, com quem ele tinha um filho de dois meses – o bebê estava na casa e foi poupado. A outra irmã era Fabiane Horbach, de 12 anos.”

O Mundo parece mesmo estar Esquecido de Deus.

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