Unidade de Saúde foi fechada em 2016 |
Na ACP, de 7 de junho, o promotor de justiça Williams Silva de Paiva sugere multa por descumprimento no valor de R$ 1 mil diários, a serem pagos diretamente pelo prefeito Fábio José Gentil Rosa. O objetivo é garantir o atendimento eficiente e evitar o colapso nos serviços de saúde na região.
REFORMA
Em julho de 2016, o Município de Caxias fechou a ala de
urgências e emergências do Hospital Geral Municipal “Gentil Filho” para reforma
e deixou a Unidade de Pronto Atendimento 24h (UPA 24h) como unidade de substituição
temporária.
Com a decisão, a UPA24h passou a acumular suas funções com
as do Hospital Geral. Para executar as ações adicionais, a unidade recebeu o
valor de R$ 2.044.323,84, do Ministério da Saúde. Além disso, a Secretaria de
Estado da Saúde (SES) destinou R$ 2 milhões ao Hospital Geral como reforço
financeiro.
“O funcionamento como Unidade de Urgências e Emergências pela UPA24h, que inicialmente fora planejado para ser provisório, perdura até a data atual, desviando a finalidade da Unidade de Pronto Atendimento de Caxias”, relata o promotor de justiça.
VISTORIA
Em 9 de março deste ano, o MPMA verificou que já haviam
sido concluídas a reforma e ampliação do centro cirúrgico, a reforma do setor
de nutrição e da farmácia e a pintura de todo o prédio. Também foi observado
que obras na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e no prédio anexo estavam em
andamento.
“Nenhuma fase dessa reforma é tão urgente e de necessidade
tão imediata quanto a recuperação e o completo restabelecimento da oferta dos serviços
da Rede de Urgências e Emergências, no Hospital Geral, de modo a evitar o
colapso de toda a Rede de Saúde Pública no município”, destaca o representante
do MPMA.
Segundo o promotor de justiça, não se justifica que perdure
até a data atual o fechamento para reforma justamente da ala de urgências e
emergências. Ele lembra que, seis meses após o fechamento das alas, foram
autorizadas transferências de recursos para custeio e manutenção,
especificamente, destes serviços.
Para o Ministério Público, a persistência do fechamento
decorre de falta de planejamento da Administração Municipal, uma vez que parte
da reforma foi concluída, faltando justamente a conclusão da reforma da ala de
Urgências e Emergências do Hospital, que deveria ter tido prioridade.
Redação: Adriano Rodrigues (CCOM-MPMA)
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