Uma equipe internacional de astrônomos confirmou a
existência da galáxia anã Donatiello I, nomeada assim em homenagem ao astrônomo
amador italiano Giuseppe Donatiello, que a descobriu.
A galáxia foi encontrada quando Donatiello analisava
imagens da constelação de Andrômeda capturadas entre 2010 e 2013 no Parque
Nacional do Pollino, no sul da Itália.
O Instituto de Astrofísica das Canárias (IAC), na
Espanha, informou que foi possível confirmar a descoberta desta galáxia
isolada, que está nas proximidades do Grupo Local, por meio do Grande
Telescópio Canárias (GTC) e do Telescópio Nazionale Galileo (TNG).
A equipe internacional é liderada pelo espanhol David
Martínez Delgado, pesquisador da Universidade de Heidelberg (Alemanha) e
primeiro autor do artigo que explica a descoberta e as caraterísticas desta
galáxia esferoidal.
Em comunicado, Delgado indica que é de grande interesse
para a teoria da formação de galáxias realizar um inventário completo das
galáxias anãs nas proximidades do Grupo Local (composto pela Via Láctea e
Andrômeda).
A nota acrescenta que as imagens ultraprofundas de áreas
extensas do céu capturadas com pequenos telescópios por astrofotógrafos
amadores podem ajudar a completar o censo destas galáxias de baixo brilho
superficial, até agora desconhecidas, que atualmente não podem ser detectadas
com os mapas celestes baseados na contagem de estrelas individuais ou na
detecção da emissão do gás hidrogênio neutro.
As observações realizadas com o GTC na ilha espanhola da
Palma, revelam que Donatiello I está a 9,78 milhões de anos luz da Terra, além
das galáxias espirais que formam Grupo Local.
A posição e distância projetada de Donatiello I são
consistentes com a hipótese de que é um satélite anão da galáxia elíptica
próxima conhecida como "Fantasma de Mirach", devido à sua proximidade
com a estrela Mirach (a segunda mais brilhante de Andrômeda).
No entanto, Donatiello I também pode ser uma das galáxias
anãs esferoidais mais isoladas reportadas até agora, situada por trás de
Andrômeda, explica Delgado.
Estes dados, junto aos coletados pelo TNG, também em Palma,
indicam que a galáxia anã descoberta é composta, principalmente, por estrelas
velhas e que seu conteúdo estelar é similar ao de galáxias companheiras da Via
Láctea, como Draco e Ursa Minor.

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