Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Membro do Comitê Executivo do
Movimento Avança Brasil
O poder de pressão dos cidadãos brasileiros, interagindo e
exercendo uma pressão legítima nas redes sociais, foi decisivo para impedir que
Renan Calheiros conseguisse realizar o plano malévolo de presidir o Senado. O
alagoano acabou forçado a desistir da própria candidatura e, com raiva, nem
votou. Foi embora para casa... Renan correu do pau, junto com os aliados Jader
Barbalho, Eduardo Braga e Maria Amélia. Assim, dos 81 senadores, 77 votaram e
42 elegeram Davi Samuel Alcolumbre Tobelem (DEM-Amapá) presidente do Senado e
do Congresso Nacional. Aos 41 anos de idade, é o primeiro judeu a presidir o
Senado brasileiro
O grande vencedor da parada foi Onyx Lorenzoni,
Ministro-Chefe da Casa Civil de Bolsonaro. Ele articulou o nome de Alcolumbre
desde o ano passado. Após a confirmação da vitória, Onyx escreveu no Twitter:
“Davi respondeu – Você vem contra mim com espada, lança e dardo. Mas eu vou
contra você em nome do Senhor Todo-Poderoso, que você desafiou (Samuel 17:45)”.
Ou seja, Renan foi cuidadosamente traído pelo governo...
A eleição para a presidência do Senado aconteceu de forma
constrangedora. O Presidente do Supremo Tribunal Federal, José Dias Toffoli,
atendeu a um pedido do MDB e, às 3h 45min da madrugada de sábado, determinou
que o pleito ocorresse por voto secreto. A decisão obrou e andou para o voto de
50 senadores que, na véspera, decidiram a favor do voto aberto – o que seria
determinante para impedir pressões espúrias em favor da candidatura de Renan
Calheiros.
Felizmente, o “negócio” pegou tão mal que Renan perdeu as
mínimas condições políticas para a disputa. O alagoano acabou forçado a tirar o
time de campo. O jurista Modesto Carvalhosa foi quem certeiramente comentou a
covardia de Renan: O povo brasileiro, hoje, deve estar em festa pela sua vitória
na campanha pelo voto aberto no Senado. O trânsfuga Renan Calheiros desistiu de
ser derrotado fragorosamente”.
A tentativa de golpe, metendo o STF no meio da briga,
irritou vários senadores. Embora o Regimento Interno do Senado proíba a quebra
do sigilo do voto (com o Código de Ética e Decoro Parlamentar tipificando como
falta disciplinar, sujeita à perda temporária do mandato), muitos fizeram
questão de informar em quem votavam e ainda exigiram que fosse a última vez em
que haveria sigilo de votação no Senado. Não devem ser atendidos, porém valeu o
protesto justíssimo...
O DEM renasce das cinzas. Emplacou Rodrigo Maia na
presidência da Câmara dos Deputados e Davi Alcolumbre no comando do Senado e do
Congresso Nacional. O negócio é esperar para ver se isto será bom ou não para o
Governo do Presidente Bolsonaro – que deu sinais de que estaria conformado com
o eventual triunfo de Renan Calheiros... Agora dá para ver que foi tudo jogo de
cena... Por isso, é bom o Presidente ficar espertíssimo, pois o Renan da City
de Londres vai preparar uma poderosa vingança...
O fiasco de Renan foi mais uma demonstração de que ninguém
está imune à pressão popular no Brasil que elegeu Jair Messias Bolsonaro e
Antônio Hamilton Mourão. Resta, a partir de agora, administrar o DEMo... E
ficar atento aos movimentos do Renan – um poderoso cangaceiro do Congresso
Nacional. A primeira providência preventiva que o governo tem de tomar é
afastar aliados de Renan de vários cargos estratégicos na administração
Bolsonaro/Mourão.
Não há margem para brincar com Renan. O maior interesse
dele é no Programa de Parcerias Institucionais (PPI)... Portanto, mesmo contra
a vontade da equipe econômica, é recomendável detonar qualquer influência de
Renan... Aliás, além do Calheiros, os grandes derrotados na operação fracassada
foram Guedes e o presidente do STF, José Dias Toffoli. Filmes queimadíssimos...
Lição 1 - Renan parecia invencível... Foi traído...
Perdeu... Tem força para dar troco? Claro que tem... Melhor não subestimá-lo...
Por isso, que tal a Lava Jato dar mais uma ajudinha para a limpeza que o Brasil
precisa?...
Lição 2 - Senadores sempre preferem votar com o governo,
seja qual for...

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